Belém tem aumento de 400% de pessoas afetadas por bactéria que causa a febre tifoide

Este ano, a maioria dos pacientes positivados com a doença, está no bairro do Jurunas.

Publicado em 25 de outubro de 2024 às 10:27

Este ano, já são 16 casos confirmados, quatro vezes mais que as ocorrências de todo o ano de 2023.
Este ano, já são 16 casos confirmados, quatro vezes mais que as ocorrências de todo o ano de 2023. Crédito: Reprodução

Um levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), aponta que Belém registra um aumento agudo de febre tifoide, doença que pode levar à morte. Este ano, já são 16 casos confirmados, quatro vezes mais que as ocorrências de todo o ano de 2023 (4 casos) e bem maior do que as do ano de 2022 (5 casos). Este ano, a maioria dos pacientes positivados com a doença, está no bairro do Jurunas.

Segundo o Ministério da Saúde, a febre tifoide é uma doença bacteriana aguda, causada pela Salmonella enterica. A doença está diretamente associada a baixos níveis socioeconômicos, principalmente em regiões com precárias condições de saneamento básico, higiene pessoal e ambiental. Se não tratada adequadamente, a doença pode matar. No Brasil, a doença ocorre sob a forma endêmica em regiões isoladas, com algumas epidemias onde as condições de vida são mais precárias, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.

Bairros afetados

Em Belém, os casos se concentram no bairro do Jurunas, que registrou 10 casos este ano. Em seguida, aparece o bairro da Pedreira, com 2 casos; Marambaia, Fátima, Canudos e Barreiros, com um caso cada, segundo dados as Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).

Em nota, a Sesma informou que a Vigilância em Saúde da Sesma está investigando as causas do aumento do número de casos, principalmente no bairro do Jurunas, onde são registrados vários casos dentro de uma área delimitada com provável relação, o que pode indicar um surto.

Prevenção

Segundo a secretaria, as orientações preventivas são o consumo de água tratada, higienização dos alimentos e limpeza corporal, principalmente das mãos.

Para o Ministério da Saúde, o saneamento básico, o preparo adequado dos alimentos e a higiene pessoal são as principais medidas de prevenção da febre tifoide.

Sintomas e tratamento

A Sesma orienta que, ao identificar os sintomas da febre tifoide - febre persistente, que pode ou não ser acompanhada de dor de cabeça, mal-estar, dor abdominal, falta de apetite, prisão de ventre ou diarreia, tosse seca -, as pessoas devem procurar a unidade de saúde mais próxima, onde os profissionais estão preparados para averiguar outros possíveis sintomas e encaminhar para exames e tratamento adequado.