Centro de Cuidados Paliativos do Ophir Loyola garantirá acolhimento especializado

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O serviço especializado em cuidados paliativos é um alento aos pacientes portadores de doenças incuráveis, avançadas e em progressão. Quando a capacidade funcional está comprometida e as condições clínicas exigem o monitoramento dos sintomas e a intervenção imediata de profissionais especializados, o serviço se torna essencial para o usuário. E para atender essa demanda oncológica, o Hospital Ophir Loyola (HOL), há mais de 20 anos presta esse tipo de acompanhamento, ganhará um prédio específico para esse atendimento, o primeiro Centro de Cuidados Paliativos Oncológicos (CCPO) da Região Norte do Brasil.

Com 30 novos leitos, o novo centro será entregue pelo Governo do Pará nesta terça-feira, 30. O objetivo é estabelecer condições necessárias à assistência em cuidados paliativos oncológicos, promover o controle da dor e demais sintomas e proporcionar o acompanhamento e intervenção psicológica, social e espiritual de usuários que lidam com doenças oncológicas com maior potencial de ameaça à vida.

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O Centro possui uma área total de quase 2.600 m² e conta com instalações físicas, e recursos humanos adequados à prestação de assistência especializada, humanizada e de alta complexidade a pacientes em estágio avançado do câncer. O prédio disporá de consultórios, sala de ultrassonografia, laboratórios, farmácia, recepção, rouparia, almoxarifado, serviço de fisioterapia, nutrição e dietética e o Centro de Material e Esterilização. Haverá ainda um espaço dedicado ao Ensino e à Pesquisa, que contribuirá para estudos dedicados a trazer melhorias para a assistência.

A chefe do Serviço de Cuidados Paliativos Oncológicos do HOL, Ana Carolina Gonçalves, explica que esse sistema de apoio deve ser aplicado a partir do diagnóstico de qualquer doença que ameace a vida, pois está envolto de decisões sobre condutas terapêuticas que devem ser tomadas conforme o quadro clínico do usuário. Ainda conforme a médica paliativista, a entrega do centro representa um importante avanço na assistência e um marco na saúde pública paraense.

“Embora esses cuidados não estejam direcionados à cura, o atendimento no CCPO será capaz de contribuir na contenção da progressão da doença e também de permitir acolhimento e conforto diante da terminalidade da vida. Os cuidados paliativos dão suporte para que o paciente possa viver com as limitações impostas pela doença e se estende a toda rede de apoio do paciente que, na maioria das vezes, é formada pela própria família. Esses cuidados somente são finalizados com a morte e atendimento de luto”, enfatizou a médica paliativista.

A especialista ressalta ainda que a dor dos pacientes é multifatorial, portanto esse complexo sintoma vai muito além do físico. “Com as medicações analgésicas e adjuvantes disponíveis no mercado nacional, conseguimos controlar ou aliviar 85 a 90% das dores dos pacientes oncológicos. Cerca de 10% desses pacientes irão necessitar de procedimentos neurocirúrgicos e/ou anestésicos para sentir a melhora da dor. Mas também existem demandas específicas de sofrimento biopsicossocial amenizadas por nossa equipe multiprofissional”, esclareceu.

Segundo o diretor-geral, João de Deus, o investimento representa o compromisso do Governo do Estado com políticas públicas para resolver problemas históricos relacionados à saúde. “A entrega do Centro irá suprir uma necessidade antiga por um espaço que atenda as singularidades dessa fase do adoecimento, pois quando falamos em cuidados paliativos, falamos em protocolos e diretrizes terapêuticas que aliviam as dificuldades enfrentadas pelos pacientes e promovem uma melhor qualidade de vida. O atendimento prestado no Centro irá valorizar a multiprofissionalidade dentro do cuidado sem esquecer das dores do cuidador, que também é afetado com o adoecimento de alguém que se ama”, afirmou o gestor.


Diante da alta complexidade dos sintomas apresentados pelos usuários do serviço, a médica paliativista reforça a importância do Centro para o sistema de apoio que ajude o usuário e a família a lidar com a doença e a finitude da vida. “Devemos proporcionar ao paciente, autonomia e funcionalidade. É preciso ter empatia, mas acima de tudo compaixão para ofertarmos a escuta atenta, compreender as necessidades e conduzir a assistência da melhor forma possível. Afinal, nosso objetivo é acolher integralmente e com afeto, amenizando o sofrimento físico e psíquico que a doença provoca no enfermo e no seio familiar”, conclui Caroline.

Serviço – O Centro de Cuidados Paliativos Oncológicos do Hospital Ophir Loyola (HOL) prestará assistência paliativista ampla e integral aos pacientes assistidos pela instituição. Situado na Rua dos Mundurucus, 1014, bairro do Jurunas, em Belém, o serviço de paliação contará com equipe multidisciplinar constituída por médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos com apoio de nutricionistas, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais. O local oferecerá suporte para procedimentos hospitalares especializados e exames de imagenologia e laboratoriais.

Com informações da Agência Pará

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