Publicado em 3 de março de 2025 às 15:46
O domingo de Carnaval (2) foi de festa em Mosqueiro, onde o desfile das escolas de samba levou milhares de pessoas ao corredor da folia, na Vila. De acordo com a subprefeitura do distrito, cerca de 10 mil foliões passaram pela bucólica ao longo do dia, com pelo menos 1,2 mil ocupando as arquibancadas montadas para acompanhar as apresentações. Para garantir a ordem e a limpeza do evento, equipes de agentes de limpeza atuaram durante toda a programação, enquanto a Guarda Municipal reforçou a segurança no local.>
Comércio em alta com o retorno da folia>
Para os comerciantes da ilha, o resgate do Carnaval representa não apenas o fortalecimento da tradição, mas também uma oportunidade de impulsionar os negócios. André Santana, dono de um restaurante na área da concentração das escolas de samba, na praia do Bispo, comemorou o aumento da clientela e já precisou ampliar sua equipe. “Esse evento está retomando sua força e traz muitos benefícios para nós. Aumentamos nossa equipe na cozinha, no salão e até na segurança. Todo mundo consegue ganhar o seu dinheiro”, destacou.>
Tradição e paixão pelo Carnaval>
Duas escolas de samba deram vida ao corredor da folia: Peles Vermelhas e Piratas da Ilha. Para a presidente da Peles Vermelhas, que tem 69 anos de história, o desfile foi um momento de celebração e resgate cultural. Com um enredo dedicado aos antigos carnavais de Mosqueiro, a escola homenageou momentos marcantes da folia na ilha. “Lembramos do auge do Carnaval de Mosqueiro, quando surgiram nomes como Mahrco Monteiro e quando o primeiro Pará Folia foi realizado aqui”, destacou.>
Já a Universidade do Samba Piratas da Ilha comemorou seus 50 anos com o enredo “Uma odisseia pirateana, rumo ao jubileu de ouro”, que levou 300 brincantes à avenida. A vice-presidente da escola, Elen Campinas, ressaltou o comprometimento dos integrantes. “Ensaiamos desde 1º de janeiro, todos os domingos. Faz parte da nossa tradição esses arrastões de ensaios técnicos, e todos se dedicaram para fazer um grande Carnaval”, afirmou.>
Ela também destacou a importância da festa e do reconhecimento do trabalho das escolas. “O barracão funciona o ano todo, e esse trabalho gera empregos e fortalece nossas ações sociais com as crianças da comunidade”, frisou.>
A festa que envolve a comunidade>
Moradora de Mosqueiro há três anos, a atendente Andressa Abucater, de 40 anos, faz questão de participar do Carnaval da ilha, mesmo nos intervalos do trabalho. “Adoro Carnaval, e para quem trabalha com comércio, essa movimentação de turistas é essencial, seja pelas escolas de samba ou pelos blocos. Vou estar lá, nem que seja de coração, porque estou trabalhando”, disse.>
Com o retorno do desfile das escolas de samba e o envolvimento da comunidade, Mosqueiro reafirma sua vocação para a folia, fortalecendo a tradição carnavalesca e impulsionando a economia local.>
Com informações: Agência Belém>