Com a suspensão da licença ambiental para operar na Mina de Onça Puma, em Ourilândia do Norte, no Pará, determinada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semana), por descumprir condicionantes ambientais, a Vale decidiu dar férias coletivas para 108 funcionários pelo prazo de 30 dias. A medida se inicia a partir de 23 de maio.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativistas nos Estados do Pará e Amapá (STIEAPA) emitiu um comunicado lamentando a decisão da mineradora. Segundo o sindicato, os trabalhadores se mostraram insatisfeitos com decisão que ocorre em um “momento crucial de expansão, com a construção do segundo forno, sendo incompreensível que situações como esta continuem a acontecer”.
Eles ainda afirmam que a diretoria do STIEAPA está se mobilizando para buscar soluções em colaboração com outros sindicatos para que a situação seja normalizada quanto antes.
“A diretoria do STIEAPA está mobilizada para buscar soluções urgentes, em colaboração com as autoridades competentes, e outros sindicatos da categoria e a comunidade local (…) Juntos, enfrentaremos esse desafio e buscaremos alternativas para reverter essa situação a suspensão da licença de operação da Mina”, diz o comunicado.
O que aconteceu?
Em 22 de fevereiro, a Vale teve a licença ambiental suspensa pela Secretaria do meio Ambiente do Estado do Pará (Semas) após descumprir condicionantes ambientais.
No dia 26 a mineradora conseguiu uma liminar para reestabelecer a licença. Mas um recurso interposto pelo Estado no Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) suspendeu a liminar.
A Vale informou durante uma conferência para divulgação dos resultados do primeiro trimestre, em 25 de abril, que tem trabalhado com as autoridades e líderes comunitários de “forma cuidadosa” para que a situação se resolva de forma célere.
