Comunidades quilombolas se juntam a protestos contra aumento nas tarifas de balsa no porto Camará

Grupo bloqueia o Porto do Camará em protesto contra reajuste de tarifas, enquanto caminhoneiros e moradores se unem contra os novos preços.

Publicado em 18 de março de 2025 às 21:17

 - Atualizado há 20 horas

Comunidades quilombolas se unem a protestos contra aumento abusivo nas tarifas de balsa
Comunidades quilombolas se unem a protestos contra aumento abusivo nas tarifas de balsa Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Comunidades quilombolas juntaram-se às manifestações contra o aumento considerado "abusivo no valor" das passagens de balsa. O grupo bloqueou o Porto do Camará, na Ilha do Marajó, na tarde desta terça-feira (18).

Em protesto contra o reajuste, os quilombolas impediram embarques e desembarques no porto. “Os ricos em Belém não se importam com a gente, não. Eles não estão nem aí para nós! A liderança aqui é o povo marajoara!”, disse uma das manifestantes.

Desde domingo (16), manifestantes protestam contra o aumento. O movimento começou com caminhoneiros, que discordaram da nova tabela de preços da Henvil Transportes LTDA, empresa responsável pela venda das passagens. Os valores para veículos de carga variam entre R$ 373,00 e R$ 2.458,00, dependendo do tipo de carga (normal ou perigosa) e da situação do veículo (vazio ou carregado).

Em nota, a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos de Transporte (Artran) informou que a nova tarifa no transporte de veículos foi definida após um estudo realizado pela própria agência, que levou em consideração o aumento dos custos operacionais. O estudo de revisão tarifária constatou que os valores estavam defasados há três anos.