Guto Nunes
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Conheça Mestre Damasceno; o marajoara que virou enredo de Carnaval no RJ

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Mestre Damasceno, nome da cultura popular da ilha do Marajó, no Pará, vai ser homenageado nesta segunda-feira, 20, pela escola de samba Paraíso do Tuiuti, no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.

O enredo “Mogangueiro da cara preta” fala das especiarias com alto valor na Europa e a descoberta de temperos e condimentos no “descobrimento” do Brasil e das Américas, e fala também sobre a chegada de búfalos, originários da Índia, que são cartão-postal na Ilha de Marajó, com a reverência do povo da ilha a esses animais. O tema também aproveita as influências de festas nortistas, homenageando Mestre Damasceno, grande artista popular marajoara, que criou um “Búfalo – Bumbá”, uma adaptação do Auto do Boi, tendo como figura central o búfalo.

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Conheça o Mestre Damasceno

Damasceno Gregório dos Santos, ou como é mais conhecido, mestre Damasceno, está prestes  a completar 69 anos de idade, e em 2023 também completa 50 anos de atuação na cultura popular. Oriundo do quilombo de Salvá, localizado no município de Salvaterra, ilha do Marajó, tornou-se pessoa com deficiência visual aos 19 anos, devido a um acidente de trabalho. É cantor e compositor de toadas de boi-bumbá, de carimbó, xote, samba e até brega.

Mestre Damasceno tem quatro álbuns gravados. Em 2013 gravou “Poesia e Reflexões”, com 11 canções em um projeto de uma escola municipal de Soure. No ano de 2020, produziu o cd “Canta o Encanto do Marajó”, com 10 músicas, realizado através de recursos próprios e apoio de amigos, em um estúdio de Salvaterra; e em 2021 gravou Encontro D’água, que teve participação especial de Dona Onete na faixa Feira do Veropa, com apoio do Edital de Música da Lei Aldir Blanc – Secult/PA, e agora em janeiro de 2023 lançou o álbum Búfalo-Bumbá. Em março, fará o lançamento de mais um trabalho musical.

Mestre Damasceno já ganhou inúmeros títulos. O primeiro título foi em 1973, aos 19 anos, quando foi campeão de colocador de Boi-Bumbá, no município de Soure, e de lá para cá muitos outros o sucederam. Mestre Damasceno recebeu dois prêmios da Secretaria da Identidade e Diversidade Cultural, do extinto Ministério da Cultura (2009 e 2017). Recebeu também o Prêmio Mestre da Cultura Popular do Estado do Pará – SEIVA, por meio da Fundação Cultura do Pará – Tancredo Neves (2015), e foi reconhecido como mestre de carimbó pelo Instituto do Patrimônio, Histórico e Artístico Nacional (IPHAN, 2017); além de muitas outras premiações e homenagens simbólicas, inclusive na Assembleia Legislativa do Estado do Pará e na Câmara Municipal de Salvaterra.

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