O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, o governador do Pará, Helder Barbalho, e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, assinaram o convênio que destina um investimento de R$ 1,3 bilhão para melhoria da infraestrutura de Belém visando a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), programada para novembro de 2025. A assinatura ocorreu na manhã desta segunda-feira, 6.
A quantia de R$ 1,3 bilhão de investimento representa o maior aporte financeiro da Itaipu fora da área de abrangência da empresa, que compreende os 399 municípios do Paraná e 35 do Mato Grosso do Sul.
O primeiro convênio assinado, com valor de mais de 1 bilhão, é um acordo com a Secretaria de Estado de Obras Públicas para o aprimoramento de infraestrutura viária e implantação do Parque Linear Doca, na Avenida Visconde de Souza Franco. Estão previstas várias ações, como a execução de 50 km de rede coletora de esgoto, 4,8 mil ligações de esgoto, pavimentação de vias de acesso à COP 30, implantação de vias marginais do Canal Água Cristal, equipamentos de controle de tráfego, entre outras.
O segundo convênio assinado, no valor de R$ 323,5 milhões, se trata de um acordo entre Itaipu e a Prefeitura de Belém, e prevê a implantação do Parque Urbano Igarapé São Joaquim, incluindo projetos de arquitetura, paisagismo, rede esgoto, abastecimento, iluminação pública, pavimentação e sinalização viária.
O terceiro convênio, envolvendo a Itaipu, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), a Prefeitura de Belém e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), prevê R$ 41,8 milhões para o desenvolvimento de metodologia para a gestão de resíduos sólidos, ações de educação ambiental e de inovação em biotecnologia.
O acordo contempla ainda reforma e revitalização do Complexo Ver-o-Peso, símbolo da capital paraense que abriga um dos mercados mais antigos do Brasil, e a restauração do Mercado Municipal de São Brás, construção histórica localizada no centro da cidade.
Solidariedade
O governador Helder Barbalho aproveitou a oportunidade para prestar solidariedade com a população do Rio Grande do Sul, que vem sofrendo com as fortes chuvas que afetaram diversos municípios e provocaram mais de 80 mortes. Para Helder, a situação no sul do país é resultado das mudanças climáticas. “Hoje, a demonstração é que o Brasil se une em torno do Rio Grande do Sul, mas, ao mesmo tempo, quando Itaipu vem para a agenda da COP, é uma demonstração de que Itaipu se une ao Pará e se une a Belém para viabilizar com que a COP seja o grande momento do Brasil mostrar aquilo que tem realizado em favor do meio ambiente, em favor do clima. Mas, também, fazer um chamamento para que o mundo possa compreender quais os desafios globais em favor da floresta e em favor de um novo pacto pelo meio ambiente”, disse o chefe do executivo estadual.
