Embarcação que naufragou no Marajó operava de forma irregular, afirma Artran

A embarcação Ana Clara II, que naufragou na noite de sexta-feira (4), no Rio Paracauary, entre os municípios de Soure e Salvaterra, não tinha autorização para realizar transporte de passageiros, segundo informou a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos de Transportes (Artran). O barco partiu de Belém com destino ao município de Chaves e levava cerca de 60 pessoas, todas resgatadas com vida.

A Artran declarou, por meio de nota, que a embarcação não consta nos cadastros de operadores regulares do transporte aquaviário e operava de forma irregular. A agência também informou que acompanha as investigações em andamento pela Capitania dos Portos.

O acidente foi comunicado à Polícia Militar por um morador da comunidade de Nascimento, em Chaves. A equipe do 8º Batalhão da PM foi acionada e partiu em direção ao local, acompanhada por agentes do Corpo de Bombeiros Militar. O resgate também contou com apoio da lancha Expresso Capeã 9 e de rabetas utilizadas por barqueiros da travessia entre Soure e Caldeirão.

A lancha da Polícia Militar foi a primeira a chegar à área do naufrágio e encontrou várias pessoas na água, em situação de desespero. Os passageiros foram levados à Escola Estadual Ademar Nunes de Vasconcelos, em Salvaterra, onde receberam abrigo, alimentação e cuidados médicos, com apoio de voluntários e da Secretaria Municipal de Saúde.

O comandante da embarcação foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Soure para prestar esclarecimentos. Segundo a Polícia Civil do Pará, o caso será investigado e, até o momento, não há registro de desaparecimentos ou mortes.

A previsão é de que todos os passageiros sejam levados para Belém durante a tarde deste sábado (5), por meio de um ferry boat.