'Eu não me sinto segura de ir lá', afirma dona de cobertura de prédio onde sacadas desabaram em Belém; ouça

A dona da cobertura do prédio onde 13 sacadas desabaram em Belém disse que não sente segurança em retornar para o apartamento até o aval de um órgão competente. Ândria Tuma conta, em entrevista exclusiva ao Portal Roma News, que não mora mais lá há alguma tempo. No entanto, ela e o marido são responsáveis por tudo que ocorre no apartamento, já que a sogra segue vivendo na cobertura.

'Até eu receber a notícia de que aquele apartamento está bom por um órgão competente eu não me sinto segura de ir lá. Eu fui lá buscar e fiquei com muito medo. Eu vi aquilo cair e foi assustador. Nunca imaginei que isso fosse acontecer. Eu morei lá sete anos e nunca aconteceu nada. Aquilo era uma mansão suspensa. São quase 400 metros. Eu estou assustada. Não fiquei sem dormir, porque estou habituada. Mas mexeu porque nós fizemos uma obra. Colocamos nosso nome. Organizamos. Decoramos', afirmou.

Segundo Ândria, a sogra está bem abalada com a situação.

'Me doeu por ver a minha sogra. Ela ficou abaladíssima. Ela ficou muito mal porque queria está no canto dela. E imagino que outros moradores também estão tristes. É muito complicada essa situação', afirmou.

No último sábado, 13, as sacadas do edifício Cristo Rei, localizado na Rua dos Mundurucus, entre Generalíssimo Deodoro e Quintino Bocaiúva, no bairro da Cremação, em Belém, desabaram. Ninguém ficou ferido com o incidente.

O Corpo de Bombeiros Militar sugeriu que as outras sacadas do edifício sejam demolidas. De acordo com o coronel Oliveira, do CBM, ainda não há laudo específico, mas se as outras sacadas estiverem com condições semelhantes às das que desabaram, a demolição será recomendada.

Em depoimento à Polícia Civil, na Seccional da Cremação, na segunda-feira, 15, o síndico do edifício Cristo Rei, onde 13 sacadas desabaram disse que a manutenção do local estava em dia.