Publicado em 17 de abril de 2025 às 07:29
Um dos atrativos da Feira do Pescado deste ano é a oferta de caranguejos oriundos dos mangues existentes nas Reservas Extrativistas (Resex) localizadas no nordeste paraense. Para garantir o maior acesso possível ao produto, estão sendo ofertadas em média 1.500 unidades do produto em cada um dos dois pontos onde está sendo disponibilizado o crustáceo vivo. >
A oferta do caranguejo in natura ocorre em dois pontos da feira: na Aldeia Amazônica e no Centur. No primeiro dia da feira, a procura pelo produto foi intensa.>
O coordenador de pesca da Sedap, Salomão Guimarães, informou que no total, além dos 1.500 caranguejos oriundos das Resex ofertados no Centur, a Feira do Pescado disponibiliza mil unidades na Aldeia Amazônica vindos de São João da Ponta e 800 na feira instalada no município de Castanhal.>
Também está sendo feita a oferta de ostras vindas de áreas de preservação. “Estão sendo ofertadas mil unidades no Centur que são oriundas de Curuçá, 800 na sede da Seduc (Secretaria de Estado de Educação) e mais 800 na Aldeia Amazônica direto de São Caetano de Odivelas; Em Castanhal, nós temos a ostra e o caranguejo de Curuçá”, anunciou.>
Mamirauá - Os pontos da Feira do Pescado que ofertam produtos das Reservas Extrativistas estão recebendo a visita da equipe do Instituto de Desenvolv ento Sustentável Mamirauá, localizado na cidade de Tefé, no Amazonas. Segundo informou Guimarães, a Sedap e o instituto estão em vias de assinar um acordo de cooperação técnica para as ações em conjunto, voltadas às Resex, no litoral paraense.>
“São 16 municípios e 14 Resex onde a Sedap em conjunto com o Mamirauá dará apoio principalmente na questão do transporte sustentável do caranguejo e capacitação dos moradores das Resex no manejo do caranguejo: desde a extração do transporte até a venda”, detalhou.>
Dentro do projeto existe a realização de 48 feiras durante o período de quatro anos. Os representantes do instituto estão conhecendo o funcionamento da feira em Belém, segundo informou o coordenador. “Para ter uma ideia e fortalecer esse intercâmbio e assim possamos desenvolver essas feiras, que terão produtos oriundos das Resex”, disse.>
O gerente do projeto Entre Águas Amazônicas, do Instituto Mamirauá (desenvolvido em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Organização das Nações Unidas para Alimentação - FAO), Abílio Ohana, que se encontra em Belém para acompanhar a Feira do Pescado, em especial a atuação dos produtores das Resex, disse que o projeto visa fortalecer as organizações comunitárias de base nas 14 Reservas Extrativistas da costa do salgado paraense.>
“Nós estamos na Feira do Pescado organizada pela Sedap para entender se há Reservas Extrativistas vendendo os produtos na feira, entender de onde elas vêm e como elas estão realizando essa venda na feira, com o propósito de entender cada vez mais a dinâmica entre Reservas Extrativistas, territórios e organizações comunitárias de base e as feiras organizadas pelo Governo do Estado, que será onde o Instituto Mamirauá irá se inserir para potencializar esse ambiente de venda, de escoamento da produção do território direto para a mesa do consumidor”, explicou Ohana.>
Cultivo - Outro exemplo da preservação dos recursos naturais durante a feira é a oferta de peixe produzido pela aquicultura familiar. A tilápia, que é um dos peixes de cultivo, está sendo ofertada em todos os pontos da feira em Belém e em Ananindeua. Outra espécie também requisitada é o tambaqui, que depois de 10 anos, voltou a ser ofertado na programação e chamou bastante atenção do público, não só pelo tamanho, como também por ser vendido direto do tanque exposto no Centur para a mesa do consumidor.>
Serviço:>
A Feira do Pescado ocorre até a quinta-feira (17), das 08h às 14h. Todos os pontos de venda e a tabela com os tipos de pescado e respectivos preços podem ser conferidos no site www.sedap.pa.gov.br.>