Publicado em 7 de março de 2025 às 18:31
O Pará está com risco para incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo apontou o boletim semanal InfoGripe, divulgado nesta sexta-feira (7), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).>
Das 11 unidades da Federação que formam as regiões Norte e Centro-Oeste, oito apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta ou risco nas últimas duas semanas.>
O boletim divulgado hoje, traz dados até 1º de março.>
A SRAG é uma complicação marcada por grande dificuldade para respirar, sensação de peso no peito e queda no nível de saturação, entre outros sintomas. O tratamento precisa de hospitalização.>
As localidades que estão em nível de alerta ou risco são:>
Risco>
Roraima>
Pará>
Goiás>
Tocantins>
Distrito Federal>
Alerta>
Amazonas>
Mato Grosso>
Rondônia>
Sergipe (único fora do Norte e Centro-Oeste)>
Crianças e adolescentes>
O boletim da Fiocruz identifica ainda “manutenção da tendência de crescimento” do número de casos de SRAG em crianças e adolescentes até 14 anos.>
De acordo com a pesquisadora do InfoGripe Tatiana Portella, a volta às aulas é um dos motivos desse aumento nas últimas semanas.>
“É um padrão que a gente vem observando nos últimos anos. Nas escolas, geralmente, as crianças acabam tendo maior contato umas com as outras e ficam mais tempo em ambientes fechados, o que favorece a transmissão desses vírus respiratórios”, explica.>
Casos em 2025>
Em 2025, o país soma 16 mil casos de SRAG, sendo 34,3% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório.>
Os vírus identificados são:>
Sars-CoV-2 (causador da covid-19): 46,2%>
Rinovírus: 23,6%>
VSR: 15%>
Influenza A: 6,1%>
Influenza B: 2,5%>
Em relação às mortes, foram 1.338 registros por SRAG em 2025, sendo 636 (47,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Em 81% dos casos, o vírus causador foi o Sars-CoV-2.>
Cuidados>
A pesquisadora Tatiana Portella recomenda que, especialmente neste momento pós-carnaval, pessoas que apresentem sintomas de gripe e resfriado fiquem em casa em isolamento.>
“Mas, se precisar sair, use uma boa máscara. Nesta época também é importante evitar visitar crianças pequenas sem uso de máscara, já que esse grupo é mais vulnerável a vários tipos de vírus de transmissão respiratória”, diz.>
Ela recomenda também que todos mantenham o esquema vacinal completo contra a covid-19. O imunizante está disponível gratuitamente nas unidades de saúde de todo o país.>
A vacina pode ser aplicada em crianças a partir de 6 meses de vida.>