Homem morre durante intervenção policial no Telégrafo, em Belém
A população local bloqueou a avenida Arthur Bernardes com pedaços de madeira e pneus.
Publicado em 6 de novembro de 2024 às 19:05
João Lucas Moura Souza, de idade desconhecida, foi assassinado durante uma operação policial nesta quarta-feira, 6, no bairro do Telégrafo, em Belém.
Segundo a Polícia Civil, ele faleceu "depois de um embate com a Polícia Militar". Devido ao falecimento de João Lucas, os residentes da região interditaram a avenida Arthur Bernardes com pedaços de madeira e pneus
Os usuários das redes sociais compartilharam vídeos da manifestação, que ocorreu perto da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Em uma das imagens, é possível observar um grupo de indivíduos removendo barreiras de uma construção para impedir a circulação de carros no local. Outra filmagem já mostra o incêndio provocado pelos manifestantes que consome pneus e pedaços de madeira.
Segundo as autoridades, foram erguidas aproximadamente quatro barricadas pelos manifestantes. O Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) foi chamado e conseguiu controlar o incêndio. A estrada foi liberada aproximadamente às 16h57.
"Conseguimos apreender mais de 6 quilos de drogas. Um indivíduo tentou contra a vida dos funcionários da segurança pública, disparando armas de fogo. Neste instante, ele foi atingido e socorrido, contudo, veio a óbito".
O tenente-coronel Freitas, comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM), unidade envolvida na operação, explicou que uma arma de fogo de calibre 32 foi apreendida com o indivíduo que se envolveu em confronto com os agentes.
Em relação à manifestação, Freitas revelou que "criminosos estariam intimidando a população para que se dirijam a Arthur Bernardes, com a intenção de provocar o caos a todos que circulam nessa área".
Com relação ao incidente policial que resultou na morte de João Lucas, a Polícia Civil informou que dois indivíduos foram presos em flagrante por tráfico de drogas. Adicionalmente, a Polícia Militar apreendeu uma arma de fogo, um composto parecido com maconha, um telefone celular e munições na mesma circunstância. A Seccional da Sacramenta da Polícia Civil destacou que foram requisitadas perícias para apoiar as investigações.
