Publicado em 3 de março de 2025 às 10:07
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu, em 2025, mais de 1.200 bovinos criados ilegalmente na Terra Indígena (TI) Apyterewa, localizada no estado do Pará. A Operação Xapiri Desintrusão Apyterewa atende a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A ação visa a recuperação ambiental da região e a segurança do povo indígena Parakanã.>
A ação é parte do cumprimento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, determinada pelo STF, que exige a remoção de bens móveis e imóveis pertencentes a não indígenas na TI Apyterewa. A criação de gado na área é considerada um fator de desmatamento, comprometendo a regeneração da vegetação nativa e aumentando os riscos de novas ocupações ilegais.>
No dia 23 de fevereiro, a operação resultou na retirada de 187 animais, entre bovinos e equinos, com a mobilização de nove caminhões e diversos veículos oficiais do Ibama, da Força Nacional de Segurança Pública (FNS), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepara). A equipe, composta por 10 agentes ambientais federais e 11 colaboradores, enfrentou condições adversas devido ao inverno amazônico e às estradas em más condições.>
Para evitar o furto do gado apreendido, foi requisitado administrativamente um curral com embarcadouro de um particular. Em 2025, a operação já resultou na remoção de 219 bovinos, alcançando o total de 1.223 desde o início da desintrusão.>
Segundo a decisão do STF, todos os bens móveis e imóveis pertencentes a não indígenas na TI Apyterewa serão perdidos. Os bovinos apreendidos serão destinados ao abate sob responsabilidade da União, em parceria com a Adepara.>
A Operação Xapiri representa um avanço na proteção da Terra Indígena Apyterewa, reforçando o compromisso do governo federal com a preservação ambiental e a segurança dos povos originários. O Ibama, em colaboração com a Funai e outros órgãos, segue monitorando a região para impedir novas invasões e garantir a sustentabilidade do ecossistema amazônico.>