Reprodução: Redes Sociais
Reprodução: Redes Sociais

INVASÃO HACKER: saiba como proteger as suas redes sociais

COMPARTILHAR:
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no telegram

Crime cada vez mais comum, o golpe cibernético, que pode envolver de roubo de dados e perfis em redes sociais a pedidos fraudulentos de dinheiro por meio de pix, exige mais atenção da população. Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), em 2022 foram registrados 13.267 estelionatos praticados por meio virtual. São ocorrências atendidas pela Polícia Civil, por meio da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC). Na noite da última quarta-feira, 12, a primeira-dama do Pará, Daniela Barbalho, foi a vítima mais recente dos criminosos e teve suas redes sociais invadidas para disseminar golpes financeiros.

Delegado titular da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos, Yan Almeida alerta que, na grande maioria dos casos de invasão de redes sociais, os criminosos só obtêm êxito porque a própria vítima entra em link ou fornece algum código que chega por SMS, ambos enviados por golpistas.

CONTINUE LENDO...

Normalmente os criminosos “estudam o perfil da vítima”, verificando seus interesses pessoais, como um restaurante ou hotel. Após isso, criam um perfil falso desse estabelecimento e entram em contato, oferecendo promoções muito vantajosas.

Yan Almeida, Delegado titular da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos

Verificação de procedência – Quando a vítima demonstra interesse na oferta, eles enviam algum link ou solicitam um código que chega por SMS, e assim conseguem o acesso à rede social. “A melhor forma de identificar se a mensagem tem a ver com um golpe é verificar, antes de clicar em qualquer link ou enviar qualquer código, se realmente é uma conta verdadeira, e na dúvida nunca clicar em links ou fornecer códigos, pois raramente essas empresas solicitam códigos dos clientes ou pedem para abrirem links. Também é importante sempre desconfiar de ofertas muito vantajosas”, orienta o delegado.

Segundo Yan, é possível identificar quando o crime está em curso, visto que após a invasão do perfil são aplicados diversos golpes nos seguidores e amigos da vítima, fornecendo diversas chaves pix e contas bancárias.

Mas essas mensagens e contas fornecidas pelos golpistas também podem ser úteis à polícia, ajudando a identificar os responsáveis. “É uma investigação que demanda certo tempo, mas é possível identificar os responsáveis. Para isso é importante que a vítima compareça à unidade policial para fornecer o máximo possível de informações”, explica o delegado.

Por pouco, Wesley Azevedo não foi uma vítima. Ele recebeu mensagem de uma conta no Instagram de roupas masculinas, informando que podia pedir qualquer roupa e, em troca, faria a divulgação da loja. “Eu fiquei empolgado e aceitei. Aí me mandaram uma ficha para que eu preenchesse os dados, e nela tinha telefone, endereço, e-mail e CPF. Eu coloquei todos os dados e enviei. A conta só tinha visualizado, e depois eu fui ver os comentários que tinham nos posts deles. Muita gente tinha comentado que a loja era um golpe para roubar contas de Instagram. Fiquei preocupado e fui olhar as mensagens que eu tinha enviado com meus dados e, por sorte, tinha colocado um número errado no meu CPF. Graças a Deus não pegaram a minha conta”, relata.

Em função desse tipo de ocorrência, o Instagram criou, no fim de 2022, uma ferramenta para a própria vítima recuperar sua conta com mais facilidade, o https://www.instagram.com/hacked/.

Já no mundo real, as denúncias de golpes cibernéticos podem ser feitas à Divisão de Combate a Crimes Contra Direitos Individuais Praticados por Meios Cibernéticos (DCDI) e ainda à Divisão de Combate a Crimes Contra Grupos Vulneráveis Praticados por Meios Cibernéticos (DCCV), que funcionam das 08 às 18 h, na Avenida Pedro Miranda, 2288, entre Travessa Perebebuí e Passagem D’Hotel, bairro da Pedreira, em Belém. Ambas também podem ser acessadas, respectivamente, pelos telefones (91) 98568-6361 e (91) 98189-4562.

O que mais pode ser feito?

Evite usar SMS como recuperação da senha
Muitas vezes, a pessoa que invadiu o celular abre o aplicativo bancário e realiza um processo de “recuperação da senha”. A partir disso, ela pode receber um e-mail ou SMS com código para completar o processo.

Exclua aplicativos e arquivos desnecessários
Os especialistas recomendam fazer uma faxina periódica no seu telefone, excluindo aplicativos e arquivos desnecessários. “Nunca salve em aplicativos de notas informações como senhas e número de cartão de crédito, e evite deixar disponível no telefone fotos ou vídeos íntimos”, afirmam. No caso de aplicativos financeiros, a recomendação é deixar no celular apenas o que for essencial no cotidiano. Além disso, é importante configurar os limites de transferência bancária para valores baixos. Esse procedimento pode ser feito pelo próprio aplicativo ou com a ajuda do gerente.

Baixe aplicativos de autenticação de segurança
A verificação em duas etapas é uma maneira eficaz de proteger o acesso indevido a informações, já que cria uma dupla camada de proteção, solicitando código ou senha para acesso à conta. 

VER MAIS

VER MAIS