Justiça condena médica paraense que afirmou que câncer de mama não existe

A decisão do TJE-PA determina que Lana Tiani retire imediatamente de suas redes sociais qualquer conteúdo com alegações infundadas sobre a doença.

Publicado em 2 de novembro de 2024 às 10:31

Lana Tiani Almeida da Silva foi condenada - 
Lana Tiani Almeida da Silva foi condenada -  Crédito: Reprodução

Nesta sexta-feira, 1º, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE-PA) decidiu a favor do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) em um processo contra a médica Lana Tiani Almeida da Silva, que foi condenada por divulgar informações falsas sobre o câncer de mama.

O CBR havia movido uma ação civil pública, acusando a médica de “práticas abusivas” após a publicação de um vídeo em que afirmava que o câncer de mama “não existia” e que seria apenas uma “inflamação”.

A decisão do TJE-PA determina que Lana Tiani retire imediatamente de suas redes sociais qualquer conteúdo com alegações infundadas sobre a doença e que interrompa a publicação de informações sem embasamento científico. Caso não cumpra a ordem judicial, ela estará sujeita a uma multa diária de R$ 1,5 mil.

Além das sanções impostas pela Justiça, a médica está sendo investigada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que avalia o caso em sigilo. A ação do CBR visa coibir a disseminação de informações que possam colocar em risco a saúde pública e incentivar a desinformação sobre o câncer de mama, uma das principais causas de morte entre mulheres.