No G20, Lula diz que COP30 em Belém 'será a última chance de evitar ruptura no sistema climático'

Entre os principais pontos de sua fala, incluiu o reconhecimento dos povos indígenas e comunidades tradicionais como parte do pensar e fazer a proteção das florestas.

Publicado em 19 de novembro de 2024 às 14:20

Lula preside o G20, bloco das maiores economias do mundo,.
Lula preside o G20, bloco das maiores economias do mundo,. Crédito: Ricardo Stukert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira, 19, que os países desenvolvidos antecipem suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa visando a uma neutralidade climática de 2050 para 2040 e ressaltou, ainda, que os países ricos não terão credibilidade ao falar sobre a crise climática se não assumirem suas responsabilidades.

“Não podemos adiar para Belém a tarefa de Baku. A COP 30 será nossa última chance de evitar uma ruptura irreversível no sistema climático”, enfatizou Lula, ao convidar os demais países para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a “COP da virada”, em Belém, no próximo ano.

"Precisamos de uma governança climática mais forte. Não faz sentido negociar novos compromissos se não temos um mecanismo eficaz para acelerar a implementação do Acordo de Paris."

Entre os principais pontos de sua fala, incluiu o reconhecimento dos povos indígenas e comunidades tradicionais como parte do pensar e fazer a proteção das florestas. E também uma proposição ousada de criação de um Conselho de Mudança do Clima na Organização das Nações Unidas (ONU), com a finalidade de articular diferentes atores, processos e mecanismos que hoje se encontram fragmentados.

Lula preside o G20, bloco das maiores economias do mundo, e antes de passar o comando do grupo para a África do Sul, a partir do próximo 1º de dezembro, abriu nesta manhã a terceira e última reunião de trabalho da Cúpula de chefes de Estado, no Rio de Janeiro.

Seu último discurso, sobre o terceiro eixo apresentado como prioritário pelo Brasil – desenvolvimento sustentável, transições energéticas e ação climática –, foi uma declaração de alerta.

Entre os principais pontos de sua fala, incluiu o reconhecimento dos povos indígenas e comunidades tradicionais como parte do pensar e fazer a proteção das florestas. E também uma proposição ousada de criação de um Conselho de Mudança do Clima na Organização das Nações Unidas (ONU), com a finalidade de articular diferentes atores, processos e mecanismos que hoje se encontram fragmentados.