Publicado em 19 de março de 2025 às 20:09
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) deu início hoje (19), no Complexo Penitenciário de Santa Izabel do Pará, à 7ª fase da Operação Mute. A ação seguirá até a próxima sexta-feira (21) e abrangerá unidades prisionais da região metropolitana de Belém e do interior do Pará. No primeiro dia da operação, nenhum aparelho celular foi encontrado, um resultado que se mantém desde a primeira edição. O objetivo da iniciativa, que conta com a participação de policiais penais federais e estaduais nas 26 unidades federativas, é combater as organizações criminosas.>
Coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), a operação realiza revistas minuciosas em unidades prisionais, abrangendo blocos carcerários, celas e pertences dos custodiados. O foco principal é impedir a entrada ilegal de celulares nos presídios, uma vez que esses dispositivos são frequentemente utilizados por facções criminosas para ordenar crimes, aumentando a violência nas cidades.>
A Operação Mute é a maior ação já realizada pela Senappen em termos de abrangência, número de policiais envolvidos e unidades prisionais fiscalizadas. A secretaria aponta a comunicação clandestina como um problema nacional e destaca essa operação como uma das estratégias da Diretoria de Inteligência Penitenciária (DIPEN) para coibir o uso irregular de celulares.>
Destaque no controle prisional>
Diferente de outras unidades federativas, o Pará mantém um rigoroso controle penitenciário. Em todas as fases anteriores da Operação Mute, as revistas nas unidades do estado não identificaram a entrada de materiais ilícitos nas celas.>
Segundo o secretário adjunto de Gestão Operacional (Sago) da Seap, Ringo Alex Rayol Frias, esse sucesso se deve a três pilares fundamentais: controle de pátio, vigilância aproximada e procedimentos padrões de segurança.>
“Temos um forte controle de acesso dentro das unidades prisionais. Tudo passa pelo procedimento de revista, o que tem sido um diferencial para impedir a entrada de ilícitos. Além disso, a presença constante do policial penal no ambiente carcerário garante maior vigilância e controle, resultando na segurança do sistema penitenciário e na manutenção da paz social”, destaca Ringo Alex.>
A implementação de rotinas rigorosas e a atuação integrada das inteligências penitenciárias estaduais seguem as recomendações da Senappen para combater a comunicação irregular nos presídios. “Essas práticas são aplicadas em todas as 54 unidades administradas pela Seap no Pará”, reforça o secretário adjunto.>
Operação "Mute" em números>
Conforme a Senappen, ao final da sétima fase, a Operação Mute poderá atingir a marca de seis mil celulares apreendidos desde sua primeira edição. A operação mobiliza mais de 20 mil policiais penais em mais de 500 unidades prisionais, onde estão custodiadas cerca de 400 mil pessoas.>
A Operação Mute é planejada e executada pela Coordenação de Projetos e Inovação (COPIIN/DIPEN/SENAPPEN) e pelas agências de inteligência das polícias penais estaduais, reafirmando seu papel no combate ao crime organizado dentro do sistema prisional.>