Pacientes com virose lotam unidades de saúde de Belém; saiba como se prevenir

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foram registrados mais de 10 mil casos de pacientes com virose na unidades básicas da capital paraense.

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Talytha Reis

Repórter / talyjor27@gmail.com

Publicado em 27 de março de 2025 às 11:37

 - Atualizado há 4 dias

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Reprodução Crédito: Sesma

Diarreia, vômito, náuseas, gripe, dores no corpo e indisposição, são alguns dos sintomas causados por uma virose que tem acometido a população de Belém neste mês de março. Conforme um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesma), até o momento, já foram notificados 10.247 casos relacionados à gastroenterite, que podem ser virais ou bacterianas, somente nas unidades de saúde públicas municipais. 

Lorena Galvão, 33 anos, conta que já foi surpreendida com a virose que também pegou toda a família. A babá precisou se ausentar sete dias do trabalho, após apresentar os sintomas, que pareciam ser de uma gripe forte "Eu sentia um calafrio, mesmo sem apresentar febre, dor na lombar, gripe, fiquei de cama, sem conseguir me levantar para nada. Tive muito desconforto com a diarreia também e sem condições de fazer qualquer atividade. Parecia que eu estava com covid, pensei até que estava infectada, mas após o resultado do exame, a médica disse que era uma virose forte que estava pegando todo mundo", comentou a dona de casa. 

Nos hospitais particulares o cenário não é diferente. O médico infectologista, Dr. Alessandre Guimarães, conta que chega a fazer cerca de 30 atendimentos só na manhã desta quarta-feira (26), de pessoas que se queixaram dos mesmos sintomas. "O número de atendimentos só cresce, com um quadro gripal com sintomas mais singnificatios, que costumam se arrastar por mais tempo em pessoas mais idosas ou com comorbidades, e até em jovens a depender da imunidade, hoje em dia, muito atrelada às condições de estresse que se vivencia", afirmou. 

O médico reforçou a importância do uso de máscara e pede que as pessoas mantenham os cuidados necessários como usar máscara, lavar as mãos e manter a imunidade em dia. "Lembrar que esse quadro, 90% das vezes é VIRAL, então não adianta fazer antibiótico e sim melhorar a IMUNIDADE. Esses primeiros 5 a 7 dias de sintomas mais expressivos, são para que o nosso organismo se prepare e produza anticorpos que irão atuar e debelar o quadro. Enquanto isso, cabe fazer analgésicos, antitussigeno, antialérgicos, descongestionantes, antitérmicos e sintomáticos de um modo geral", disse. 

Saiba com se prevenir 

Alguns cuidados podem ajudar e evitar a contaminação e evolução da virose. A recomendação segundo a Sesma é manter a higienização constante das mãos, principalmente antes das refeições, e após o uso do banheiro. Também é importante garantir a qualidade da água consumida e evitar o consumo de alimentos não bem conservados ou preparados. A manutenção de bons hábitos de higiene e o isolamento de pessoas sintomáticas são essenciais para prevenir a transmissão da doença. 

O período do inverno amazônico, com aumento das chuvas pode contribuir para proliferação de vírus respiratórios e gastrointestinais, além de potencializar a contaminação por água contaminada ou mal armazenamento de alimentos.