Publicado em 9 de setembro de 2024 às 08:40
O trabalho das forças de segurança do Pará na prevenção, repressão e na desarticulação de grupos criminosos, garantiu que o Estado pudesse alcançar no último domingo, 8, a marca de um ano sem roubo a banco na modalidade ‘novo cangaço’, além de 1 ano e 11 meses sem ataques a empresas de transporte de valores. O resultado reflete a integração, a inteligência e os investimentos, tríplice da política do governo do Pará, por meio da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), e das forças de segurança.>
De acordo com dados da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), vinculada à Segup, em 2024, o Pará atingiu 100% de redução dos casos em relação ao mesmo período (1º de janeiro a 8 de setembro) de 2023, 2022 e 2020. Segundo as informações registradas, o último caso ocorreu em 8 de setembro de 2023, em Viseu, nordeste paraense.>
O cenário de roubos a bancos era um dos grandes desafios a serem encarados pela atual gestão de segurança pública, o que ano após ano vem sendo fortemente combatido, como aponta o secretário titular da Segup, Ualame Machado.>
Secretário estadual da Segup, Ualame Machado, recordou, “os paraenses sabem que um dos grandes problemas quando assumimos a gestão da segurança pública eram os roubos a bancos, em especial a modalidade conhecida como o ‘novo cangaço’, em que grupos tomavam de assalto cidades inteiras e o povo ficava à mercê de grupos criminosos".>
"A partir de um trabalho integrado, fortíssima atuação das agências de inteligência, equipamentos modernos, conseguimos reduzir a cada ano esse tipo de crime ao ponto de termos passado o ano de 2021 com zero ocorrências e as outras ocorrências nos demais anos terem reduzido significativamente”, afirmou o titular da segurança pública estadual.>
Em 2018, o Pará registrou 19 ações criminosas contra agências financeiras. Em 2019, foram 15 ocorrências; em 2020, o número caiu para 3. Já no ano de 2021, nenhuma ação contra bancos foi registrada; e somente 2 ocorreram em 2022. No ano passado, apenas uma ação foi registrada. Todos os casos foram esclarecidos, com as respectivas autorias identificadas e houve o indiciamento dos investigados.>
“A resposta que demos demonstra justamente a assertividade nas ações que contaram com a integração das forças, com foco na inteligência, mas também com grandes investimentos em equipamentos de ponta para auxiliar no trabalho dos agentes”, finalizou Ualame.>
Roubos a transporte de valores - Em outra análise, sobre ataques a empresas de transporte de valores (carro-forte), o período sem ocorrência ainda é maior, de acordo com os levantamentos realizados diariamente pela Siac. O último fato desta natureza ocorreu na Vila Sororó, município de Marabá, em 3 de outubro de 2022.>
Os bons resultados refletem a alta expertise adquirida pelas forças, enfatiza o delegado-geral da Polícia Civil, delegado Walter Resende.>
"Todo este resultado positivo foi obtido devido a atuação firme e precisa das nossas equipes, através do trabalho de investigação e inteligência que resultaram no êxito das prisões dos envolvidos nessa prática criminosa. Durante esse período foram utilizadas diversas ferramentas investigativas para a recuperação de valores subtraídos, prisão de envolvidos, e desarticulação das quadrilhas que vinham atuando no Pará. Além disto, a união de esforços entre as forças de segurança do nosso Estado e da federação foi fundamental para elucidação dos casos”, ressaltou o delegado-geral Walter Resende.>
Ações estratégicas - Os investimentos em inteligência possibilitam investigações ainda mais aprofundadas, além do fortalecimento de estruturas como o da Delegacia de Repressão a Roubos a Banco e Antissequestro (DRRBA), assim como a criação da Delegacia de Repressão a Facções Criminosas (DRFC), vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). Pela Polícia Militar há a qualificação de policiais para o patrulhamento rural, com o Batalhão de Operações Especiais (Bope), onde constantemente são realizados treinamentos e aperfeiçoamento de técnicas para buscar, localizar e deter de forma segura e eficaz esse tipo de criminoso.>
Resolutividade>
No último evento, em Viseu, em menos de 72h, as forças de Segurança Pública de forma integrada localizaram os 6 envolvidos na ação criminosa. Três pessoas foram presas em flagrante e três vieram a óbito, após confronto com as equipes policiais.>
Foram apreendidos vários armamentos, dentre eles fuzis e espingardas, munição, explosivos, coletes balísticos, dinheiro, dentre outros materiais utilizados pelos criminosos. Em atuação da DRRBA, todos os 9 envolvidos neste episódio foram identificados, localizados e colocados à disposição da justiça.>
“Nos últimos anos, a Delegacia Especializada tem utilizado ações integradas com outros órgãos de segurança pública, parceria com instituições financeiras, troca de informações com outras polícias e instrumentos de inteligência e investigação para identificar criminosos e desarticular quadrilhas envolvidas em roubos a bancos no Pará. Essas ações têm sido fundamentais para reduzir significativamente esse tipo de crime no Estado”, sinalizou o titular da delegacia de roubos a banco, delegado Felipe Castro.>
Neste período do último ano, mesmo sem ocorrências de crimes violentos contra Instituições Financeiras e Empresas de Transporte de Valores, a DRRBA se manteve atuante e realizou o cumprimento de 37 mandados de prisão de envolvidos nesses tipos de crime, entre os anos de 2023 e 2024.>
Comitê Integrado – Para atuar de forma preventiva, o Estado instalou em fevereiro de 2022 o Comitê Permanente de Enfrentamento às Ações Criminosas Contra Instituições Bancárias e Transportes de Valores, durante a reunião do Comitê de Gestores de Segurança Pública (CIGESP).>
O comitê segue a metodologia com base em quatro principais eixos de ações que servem como base para determinar as estratégias e decisões deliberadas pelo grupo, dentre elas a normatização dos procedimentos operacionais padrão, onde as unidades de inteligência atuarão na prevenção dos eventos, bem como, no monitoramento das organizações criminosas.>
Outro eixo engloba, também, os investimentos em tecnologia, comunicação e armamentos para o fortalecimento das atividades institucionais, e ainda na capacitação com a formação de cursos específicos para o aperfeiçoamento dos agentes que atuam nas unidades, tanto de inteligência quanto operacionais.>
Com informações do Portal Agência Pará>