Tânia Rego/Agência Brasil
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Pará terá alimentos mais caros após chuvas no RS; entenda

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A crise climática enfrentada pelo Rio Grande do Sul terá impactos na cesta básica de todo o Brasil, pois o estado é o maior produtor de arroz do país, alimento básico do brasileiro, sendo responsável por 7,66 milhões de toneladas apenas no último ano. Ao todo, mais de 80% da safra brasileira do item é cultivada na região Sul do País.

Em entrevista ao Portal Roma News, o presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), Jorge Portugal, descarta a chance de desabastecimento nos supermercados paraenses, mas alerta para o aumento dos preços: “Com a diminuição da oferta, o aumento dos preços deve acontecer, mas não há risco de desabastecimento devido aos estoques de cada estabelecimento”, explica.

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Já Paulo de Oliveira, diretor da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), revela mais detalhes do cenário local: “Os estoques dos supermercados devem durar 45 dias antes de terem o impacto real de preços, mas a chance de reajuste para o consumidor antes disso é muito alta devido a diminuição da oferta”, diz.

Paulo reforça que o aumento de preços deve atingir diversos alimentos, em um ‘efeito cascata’: “O Rio Grande do Sul tem um destaque muito grande na plantação de arroz, feijão milho e soja, então o preço de todos esses itens e seus derivados devem sofrer aumentos que serão repassados ao consumidor”, destaca.

Evolução de preços da lavoura até o consumidor

Em dezembro de 2023, a cotação do cereal chegou ao maior valor de toda a série histórica, medida desde 2005, custando R$ 127,36 a saca de 50 quilos, segundo dados do Cepea e do Instituto Riograndense do Arroz (Irga).

A tendência para 2024 é de que, passado o pico da entressafra que ocorre até 15 de janeiro, os preços recuem, embora o setor esteja com os menores estoques do cereal em 15 anos. No entanto, as chuvas que atingem a região com a maior produção nacional compromete os resultados.

Maiores produtores de arroz do Brasil*

1) Rio Grande do Sul: 7,66 milhões de toneladas
2) Santa Catarina: 1,18 milhão de toneladas
3) Tocantins: 568 mil toneladas
4) Mato Grosso: 316,4 mil toneladas
5) Maranhão: 165,5 mil toneladas
6) Paraná: 139 mil toneladas

*Valor total (safras de sequeiro e irrigado)

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