Polícia Científica do Pará convoca população para reconhecimento de corpos não identificados

Instituição convoca familiares de pessoas desaparecidas para consulta ao banco de dados e esclarece protocolos de sepultamento e identificação.

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 17:20

Polícia Científica do Pará convoca população para reconhecimento de corpos não identificados
Polícia Científica do Pará convoca população para reconhecimento de corpos não identificados Crédito: Amanda Monteiro/ ASCOM PCE/PA

A Polícia Científica do Pará (PCEPA), integrante do Banco Nacional de Desaparecidos, reforça a divulgação do serviço de reconhecimento de corpos não identificados e convoca familiares de pessoas desaparecidas a comparecerem à sede da instituição para uma possível identificação no banco de dados.

O diretor do Instituto de Medicina e Odontologia Legal ‘Renato Chaves’ (Imol), Hinton Barros Cardoso Júnior, explica que o órgão tem um prazo de até 15 dias para registrar o óbito de corpos não identificados em cartório. Se, após 30 dias, não houver reconhecimento, os corpos são sepultados em cemitérios públicos da região.

“Corpos em decomposição, que não podem ser armazenados na câmara fria, são enterrados antes de 15 dias. Já os que permanecem conservados seguem um protocolo: após 15 dias, realizamos publicações para que familiares possam identificá-los. Caso não haja reconhecimento dentro do período estipulado, o sepultamento é realizado após os trâmites legais, como o registro em cartório e a divulgação oficial”, detalha o diretor.

Atualmente, mais de 60 corpos aguardam identificação no Imol. Alguns estão prestes a ser sepultados, enquanto outros serão doados para universidades que solicitam os corpos para fins acadêmicos em cursos de medicina.

Banco de Dados

Todos os corpos periciados pelo Imol são registrados e, mesmo após o sepultamento, ainda é possível confirmar a identidade por meio do banco de dados. “Cada corpo não identificado passa por um protocolo obrigatório, com coleta de material genético para o banco de DNA, seguindo diretrizes do Banco de Pessoas Desaparecidas e determinação do Ministério Público. Além disso, mantemos um prontuário completo com exames realizados e a certidão de óbito”, explica o diretor.

O prontuário inclui registros fotográficos, levantamento da arcada dentária, características físicas, DNA e informações sobre o local do sepultamento. Caso a família identifique o corpo após o enterro, é possível solicitar a exumação para transferência a um cemitério de sua escolha.

Com informações: Agência Pará