Polícia Científica faz perícia em clínica de abortos clandestinos na Marambaia, em Belém

Foram apreendidos 12 dispositivos, 8 celulares, 1 tablet, uma máquina fotográfica, um equipamento de CFTV e um negativo de máquina fotográfica, que foram determinantes para o flagrante, além de outros materiais que serão periciados nos laboratórios da PCEPA.

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Agência Pará

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Publicado em 18 de março de 2025 às 22:10

A operação foi coordenada pela Delegacia do Consumidor, que integra a Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE), da Polícia Civil do Pará (PCPA).
A operação foi coordenada pela Delegacia do Consumidor, que integra a Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE), da Polícia Civil do Pará (PCPA). Crédito: Amanda Monteiro/Ascom PCEPA

A Polícia Científica do Pará, por meio da Gerência de Perícias em Informática (GPI) e do Núcleo Crimes Contra a Vida (NCCV), participou, na manhã desta terça-feira (18), de uma ação de mandado de busca e apreensão, que resultou na prisão em flagrante de um médico que atuava cometendo o crime de aborto clandestino em uma clínica no bairro da Marambaia, em Belém. A operação foi coordenada pela Delegacia do Consumidor, que integra a Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE), da Polícia Civil do Pará (PCPA).

A operação ocorreu após denúncias do crime de aborto, exercício ilegal da profissão e de crimes que violam direito de crianças, como a pedofilia. “Foi constatado que funcionava uma clínica de aborto, que ele atuava como médico sem autorização, então, responderá também pelo exercício ilegal da profissão, e que ele armazenava conteúdo pornográfico infantil. O trabalho em conjunto com a perícia é essencial para que possamos ter todos os elementos de prova necessários para configurar o crime”, afirmou o delegado de Polícia Civil, Yuri Vilanova, titular da Delegacia do Consumidor.

A Polícia Científica atuou no caso por meio da GPI, verificando se nos dispositivos eletrônicos do preso havia armazenamento de material pornográfico infantojuvenil, e também do NCCV, que verificou a possível presença de material biológico no local do crime. Na ocasião, foram apreendidos 12 dispositivos, 8 celulares, 1 tablet, uma máquina fotográfica, um equipamento de CFTV e um negativo de máquina fotográfica. Além disso, cadernos de anotações, medicamentos, equipamentos para a prática do aborto também serão enviados para os laboratórios da Polícia Científica e passarão por perícia.

“Nos dispositivos, foi encontrado muito material pornográfico, incluindo armazenamento de pornografia infantojuvenil. Com essas evidências encontradas, um laudo preliminar constata o flagrante e, com isso, ele foi autuado. Os dispositivos coletados serão enviados para nosso laboratório, onde será feita a extração e uma análise mais minuciosa dos dados, e então, será emitido um laudo definitivo”, explicou a perita criminal e gerente do GPI, Samira Brício.