Polícia Civil prende em flagrante suspeito de administrar clínica clandestina de aborto em Belém

A clínica funcionava no bairro da Marambaia. O homem que executada os abortos foi preso por exercício ilegal da medicina, aborto e por armazenar imagens com conteúdo sexual de vulnerável

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Agência Pará

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Publicado em 18 de março de 2025 às 20:26

Os policiais civis da DECON cumpriram o mandado de busca e apreensão no estabelecimento, expedido pela Vara Inquéritos Policiais, de Belém. 
Os policiais civis da DECON cumpriram o mandado de busca e apreensão no estabelecimento, expedido pela Vara Inquéritos Policiais, de Belém.  Crédito: Marcelo Lelis - Agência Pará

No início da tarde desta terça-feira (18), a Polícia Civil do Estado do Pará prendeu um homem em flagrante por exercício ilegal da medicina e por tentativa de aborto de forma clandestina provocada por terceiro. A prisão foi realizada em decorrência da operação “Nascituro”, deflagrada pela Delegacia do Consumidor (DECON).

“O sujeito já era investigado pela nossa especializada por administrar a clínica e mantê-la em funcionamento. Foram feitos levantamentos para chegar à localização da clínica, que funcionava na Avenida Pedro Álvares Cabral, no bairro da Marambaia. Nossos policiais também contaram com o apoio da Polícia Científica do Estado (PCE), com os peritos de informática, que participaram da operação”, contou o delegado-geral, Walter Resende.

Após investigação preliminar, os policiais civis da DECON cumpriram o mandado de busca e apreensão no estabelecimento, expedido pela Vara Inquéritos Policiais, de Belém. No local, foram apreendidos vários aparelhos utilizados no procedimento ilegal, macas, celulares, tablet, câmera, fita VHS e aparelho de DVD.

“Quando nossa equipe chegou no local, algumas mulheres já estavam lá esperando por atendimento e nós também encontramos diversas provas que comprovam a prática do crime cometido pelo falso médico, já que o registro dele estava cassado”, explicou o titular da DECON, delegado Yuri Vilanova.

O homem ainda recebeu voz de prisão em flagrante por armazenar fotografia e vídeo com conteúdo sexual de vulnerável, que foram constatadas por meio do trabalho dos peritos de computação forense.

“Além das imputações dos crimes citados, a nossa investigação segue para que possamos averiguar se o sujeito chegou a divulgar as imagens com cena de nudez ou pornografia infantil bem como das mulheres que o procuravam para realizar o aborto”, finalizou o diretor da DECON.

O preso foi encaminhado à especializada, onde passou pelos procedimentos cabíveis, e já está à disposição da Justiça.