Professor da UFPA denuncia fogo criminoso no Complexo de Parques no centro de Altamira

O Complexo de Parques, em Altamira, foi um local desapropriado pelo Governo Federal e na última década, para a reurbanização da cidade, em razão dos impactos provocados pela construção da usina hidrelétrica.

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Thaís Portela

Publicado em 23 de outubro de 2024 às 16:54

O local foi projetado para o lazer da população altamirense.
O local foi projetado para o lazer da população altamirense. Crédito: Reprodução

Um incêndio foi registrado e denunciado pelo professor de biologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), campus Altamira, Rodolfo Salm, nesta quarta-feira, 23. No vídeo, o biólogo mostra o complexo de Parques queimando, e, na sequência, alerta que não há controle das chamas, enquanto elas avançam.

O total de queimadas de 2024 na Amazônia é quase o dobro do contabilizado até setembro do ano passado, que registrou 57.941 incêndios. Os focos crescem desde abril, conforme os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em 2024, o pior mês até o momento, foi agosto. Foram 10.328 queimadas, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Julho também teve o pior mês dos últimos 26 anos, com 4,2 mil focos de calor.

Os incêndios reduzem a biodiversidade, alteram drasticamente os biótopos, reduzindo as possibilidades de desenvolvimento equilibrado da fauna silvestre, e, facilitam os processos erosivos, além de reduzir a proteção dos olhos d'água e nascentes.

O Complexo de Parques, em Altamira, ainda é pouco frequentado. Mas é abrigo de animais silvestres. No espaço, é possível encontrar famílias de capivaras.