Restauração da Basílica de Nazaré deve ser concluída antes do Círio

Uma visita oficial às obras de restauração da Basílica Santuário de Nazaré foi realizada nesta quarta-feira (26) e revelou aos visitantes a grandiosidade e a beleza do projeto que deve ser entregue antes do início das celebrações do Círio 2025.

Na visita, que foi a primeira oficial desde o início da obra em novembro de 2023, representantes de instituições envolvidas e profissionais de imprensa puderam acompanhar de perto os avanços do projeto, que tem resgatado e preservado um dos mais importantes patrimônios históricos e religiosos da Amazônia.

O percurso foi conduzido pela coordenadora geral da obra, Luci Azevedo, e pelo engenheiro responsável, Marcos Oliveira.

A Basílica de Nazaré passa por um minucioso processo de restauração, que inclui a recuperação de vitrais centenários, revisão da cobertura, restauração do altar principal e das capelas laterais, além da requalificação da Cripta, tornando-a mais acessível e funcional para visitantes e pesquisadores. A obra, realizada de portas abertas, tem permitido que fiéis acompanhem cada etapa desse cuidado com a história e a fé.

"A restauração da Basílica de Nazaré é um sonho que se concretiza. Manter a igreja aberta durante as obras é um desafio, mas essencial para que os fiéis continuassem a viver sua fé e tradição enquanto o patrimônio é preservado", destacou Luci Azevedo, que afirmou que expectativa é que a obra seja concluída até o Círio deste ano.

Obra avançada

Entre os trabalhos já realizados está o forró do Transepto que foi 100% concluído. Foram realizados o restauro dos adornos do perímetro do forro, com a reposição de peças ausentes, limpeza, remoção de coberturas extemporâneas e aplicação de douramento. As capelas laterais, também localizadas no Transepto como a Capela de Nossa Senhora do Brasil estão com a recuperação da cúpula e cobertura em andamento, incluindo a limpeza, a correção de infiltrações e a substituição de peças danificadas.

Outro trajeto da visita foi o ambiente da Cripta, que como informado, já está com a requalificação avançada, com piso finalizado, cúpulas e paredes originais restauradas e infraestrutura de instalações concluída. No momento, os trabalhos estão focados na finalização das esquadrias, instalações elétricas, climatização.

O projeto é financiado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e executado pela empresa Link da Amazônia, com a supervisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Aproximadamente 100 profissionais, entre arquitetos, engenheiros e restauradores e equipe administrativa, trabalham diariamente na reforma.