Saiba os alvos da PF em operação que investiga desvio de verba pública e lavagem de dinheiro no Pará

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A Polícia Federal realizou nesta terça-feira, 30, a operação Plenitude, que investiga supostos crimes contra a administração pública, contra o sistema financeiro nacional e lavagem de capitais da ordem de R$ 1,7 bilhão. Os alvos ainda não foram divulgados, mas uma fonte revelou ao Portal Roma News que foi feita uma operação de busca e apreensão na casa do presidente da empresa de engenharia Terraplena, Carlos Nascimento. Segundo a fonte, também teriam sido alvos da operação grandes empresários locais.

Segundo a apuração, a PF foi no apartamento de Carlos Nascimento, no prédio de luxo Edifício Premium, localizado no bairro do Umarizal, em Belém, e também na residência de um diretor da empresa de prenome Ewerton.

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A principal suspeita atua na prestação de serviços de engenharia sanitária e rodoviária. Fundada em 1986 em Belém, a empresa iniciou suas atividades prestando serviços de terraplenagem, posteriormente ampliando suas áreas de atuação, que agora incluem serviços de limpeza urbana, coleta, transporte e destinação final de resíduos sólidos, obras de saneamento, edificações e construção, recuperação e manutenção de sistemas viários e rodoviários.

“Há cerca de um ano, a Polícia Federal recebeu a comunicação do sistema de prevenção à lavagem de dinheiro, encabeçado pelo COAF, que um grupo empresarial referente à atuação do saneamento básico aqui, do Estado do Pará, tinha movimentações financeiras atípicas entre os anos de 2016 a 2022. Essas movimentações atípicas são referentes a indícios de ocorrência de crime de lavagem de capitais e por isso precisam ser apurados para ver se esse crime está sendo cometido ou não”, disse o delegado Roberto Meyer, chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da Polícia Federal no Pará.

Mais de 150 Policiais Federais participaram da operação, cumprindo 49 mandados de busca e apreensão em 33 endereços, com 42 alvos. São 33 mandados em Belém, cinco em Benevides, três em Parauapebas, um em Ananindeua; cinco em Santa Maria do Pará e um em São Miguel do Guamá, além de um em Barueri–SP.

As apurações identificaram a ocorrência de indícios de crimes licitatórios, envolvendo recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), repasse de valores indevidos para servidores públicos de diversas prefeituras do Estado do Pará e lavagem de capitais, com a utilização de empresas de fachada e laranjas, além de possível prática de evasão de divisas por meio de Offshore situada em paraíso fiscal.

Os crimes teriam sido praticados por pessoas físicas, que usaram pessoas jurídicas, ligadas ao ramo empresarial de saneamento urbano atuante no Pará e em outras unidades da Federação.

“Nós conseguimos confirmação, pedimos auxílio ao CGU, que tem uma expertise muito grande nesse sentido, de identificar a verba federal, identificar se há indícios ou não de crimes licitatórios, que são crimes referentes à lavagem de capital. Então a CGU teve um papel importantíssimo nessa seara, de fazer esse rastreamento, atribuição investigativa da Polícia Federal, de identificação e inspecionamentos de licitação e outras fraudes licitatórias”, completou o delegado.

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