Saiba quem era a jovem assassinada com tiro na cabeça por namorado policial em Belém

Se você é vítima de violência, procure ajuda e denuncie por meio da Delegacia Virtual, 190 do Ciop e 181 do Disque Denúncia

Publicado em 13 de março de 2025 às 09:05

Bruna Meireles Correa foi morta pelo namorado, que é policial militar, com um tiro na cabeça, em Belém -
Bruna Meireles Correa foi morta pelo namorado, que é policial militar, com um tiro na cabeça, em Belém - Crédito: Reprodução

Bruna Meireles Correa, de 32 anos, é mais mulher que entra para a estatística de feminicídio ocorrido no Brasil. A jovem era natural da cidade de Colares, município localizado no nordeste paraense e há pelo menos 7 anos, segundo informações de pessoas próximas à jovem, morava com o padrinho na capital paraense, Belém, onde cursava Nutrição.

Na noite da quarta-feira (12), a jovem foi morta pelo namorado, o policial militar, Wladson Luan, com um tiro na cabeça. Testemunhas ligadas à família revelaram que o suspeito do crime teria alegado que eles haviam discutido e o tiro, supostamente, teria sido acidental.

A jovem, conforme a família, estava prestes a se formar em Nutrição. A família da jovem está no Instituto Médico Legal (IML) aguardando a liberação do corpo para levar à cidade de Colares, onde será feito o velório. À um veículo de comunicação local, o pai da jovem, identificado como Devaldo Correa, informou que não tinha conhecimento do relacionamento dela com o militar.

Wladson Luan foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio, conforme confirmou a Polícia Militar. O caso é investigado pela Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).

Feminicídio no Pará

Segundo os dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), em 2024 foram registrados 41 casos de feminicídio no Pará.

Feminicídio no Brasil

Em 2024, conforme dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), houve redução de 5,1% dos casos de feminicídios registrados em relação a 2023. No ano anterior, o índice já havia caído quase 2% se comparado aos números de 2022. Ainda de acordo com o Sinesp, até outubro do ano passado, os estados e o Distrito Federal comunicaram ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) 1.128 mortes por feminicídio.

Vítima de violência? Denuncie!

No Pará, diante do primeiro sinal de ameaça ou agressão, a denúncia pode ser feita por meio da Delegacia Virtual, que possui um botão específico para esse tipo de violência, ou acionando os canais do sistema de segurança como o 190 do CIOP, ou o Disque Denúncia, seja por chamada convencional, ligando para o 181 e/ou falando com a IARA (Inteligência Artificial Rápida e Anônima) no whatsapp 91 98115-9181 que possibilita o envio imagens, localização e áudio, além do chatbot e formulário presentes no site da Segup. Todos os canais garantem o sigilo e o anonimato. E ainda, procurar a delegacia mais próxima ou uma especializada no atendimento à mulher.