Publicado em 13 de março de 2025 às 09:05
Bruna Meireles Correa, de 32 anos, é mais mulher que entra para a estatística de feminicídio ocorrido no Brasil. A jovem era natural da cidade de Colares, município localizado no nordeste paraense e há pelo menos 7 anos, segundo informações de pessoas próximas à jovem, morava com o padrinho na capital paraense, Belém, onde cursava Nutrição.>
Na noite da quarta-feira (12), a jovem foi morta pelo namorado, o policial militar, Wladson Luan, com um tiro na cabeça. Testemunhas ligadas à família revelaram que o suspeito do crime teria alegado que eles haviam discutido e o tiro, supostamente, teria sido acidental.>
A jovem, conforme a família, estava prestes a se formar em Nutrição. A família da jovem está no Instituto Médico Legal (IML) aguardando a liberação do corpo para levar à cidade de Colares, onde será feito o velório. À um veículo de comunicação local, o pai da jovem, identificado como Devaldo Correa, informou que não tinha conhecimento do relacionamento dela com o militar.>
Wladson Luan foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio, conforme confirmou a Polícia Militar. O caso é investigado pela Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).>
Segundo os dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), em 2024 foram registrados 41 casos de feminicídio no Pará.>
Em 2024, conforme dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), houve redução de 5,1% dos casos de feminicídios registrados em relação a 2023. No ano anterior, o índice já havia caído quase 2% se comparado aos números de 2022. Ainda de acordo com o Sinesp, até outubro do ano passado, os estados e o Distrito Federal comunicaram ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) 1.128 mortes por feminicídio.>
No Pará, diante do primeiro sinal de ameaça ou agressão, a denúncia pode ser feita por meio da Delegacia Virtual, que possui um botão específico para esse tipo de violência, ou acionando os canais do sistema de segurança como o 190 do CIOP, ou o Disque Denúncia, seja por chamada convencional, ligando para o 181 e/ou falando com a IARA (Inteligência Artificial Rápida e Anônima) no whatsapp 91 98115-9181 que possibilita o envio imagens, localização e áudio, além do chatbot e formulário presentes no site da Segup. Todos os canais garantem o sigilo e o anonimato. E ainda, procurar a delegacia mais próxima ou uma especializada no atendimento à mulher.>