Terremotos na Amazônia: saiba se é possível haver tremores destrutivos no Pará

A escritora e taróloga Mônica Buonfiglio recentemente fez uma publicação em seu canal no YouTube, onde previu algo intrigante para os nortistas: um possível terremoto na Amazônia. A taróloga é famosa por ser especialista e também considerada uma das mais respeitadas estudiosas de assuntos relacionados à espiritualidade. Como não foi dito em qual estado haveria o fenômeno, fica a pergunta: será que é possível haver um terremoto no Pará?

Para esclarecer esse questionamento, o Roma News conversou com o geofísico e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Cristiano Martins, que esclareceu que no Pará, existem terremotos de baixa magnitude, algo em torno de 4 na escala Richter - base utilizada para quantificar a magnitude de um sismo o – eles não são comuns, ocorrem com pouca intensidade e baixa frequência, sendo perceptíveis apenas se usar equipamentos, com isso, não há implicações na natureza.

Os tremores ocorrem porque a região está próxima da Cordilheira dos Andes, uma das zonas com maior atividade sísmica do planeta.

Ainda segundo o professor universitário, existem modelos sísmicos que descrevem a relação entre a magnitude dos sismos e o número que ocorrem em uma região, há ainda, modelos de dados que fornecem informações sobre a geologia de uma região. Esses modelos permitem fazer previsões com base em tremores que já aconteceram para quantificar um sismo futuro.

“No futuro não é de se esperar que tenha terremoto de alta magnitude no Pará, pois estamos longe de tensões tectônicas e porque no passado não teve, os modelos não mostram causas e relações que expliquem um efeito de um tremor destrutivo na região”, explica o geofísico.

O Brasil não é um país propício à ocorrência de abalos sísmicos por estar localizado no centro da placa tectônica da América do Sul, em uma região não vulnerável a este tipo de fenômeno. Apesar disso, já ocorreram no país alguns tremores consideráveis.