Veja quem era Léo 41, o traficante paraense que levava vida de luxo no Rio

O traficante paraense Leonardo Costa Araújo, de 37 anos, conhecido como Léo 41, levava uma vida de ostentação, fotos com armas, joias e carros, era assim que o criminoso mais procurado do Pará se exibia nas redes sociais. Ele foi morto na noite de ontem, durante uma operação realizada pelas polícias do Rio de Janeiro...

Publicado em 26 de junho de 2024 às 08:36

O traficante paraense Leonardo Costa Araújo, de 37 anos, conhecido como Léo 41, levava uma vida de ostentação, fotos com armas, joias e carros, era assim que o criminoso mais procurado do Pará se exibia nas redes sociais. Ele foi morto na noite de ontem, durante uma operação realizada pelas polícias do Rio de Janeiro e do Pará, no complexo Salgueiro, em São Gonçalo.

Léo 41 foi o primeiro criminoso paraense a assumir o controle do tráfico de drogas em uma favela do Rio de Janeiro. De acordo com investigações da Polícia Civil, ele era responsável pelo tráfico em Porto das Caixas e Visconde, em Itaboraí, cidade vizinha a São Gonçalo.

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Uma de suas marcas registradas era um grande colar de ouro com a bandeira do Pará e vários números 41 em alusão a sua característica no mundo do crime.

Segundo a delegada adjunta da Polícia Civil do Pará, Léo 41 nunca foi o executor das missões, ele determinada, arregimentava pessoas para executarem e enquanto isso levava uma vida de ostentação dentro de uma comunidade. Se exibia com armas de fogo e jóias. E era conhecido no Pará por liderar a facção.

As investigações apontaram que o criminoso ganhou o comando dos bairros de Itaboraí dos traficantes Wilton Carlos Quintanilha, o Abelha, e de Edgar Alves de Andrade, o Doca, integrantes da cúpula da maior facção criminosa do Rio. Mesmo à distância, Léo 41 também comandava o tráfico de drogas também no Bengui, em Belém. O criminoso estava foragido desde 2019. Segundo a investigação, Leo 41 tinha assumido a chefia da facção no Pará após a prisão de Claudio Augusto Andrade, o Claudinho do Buraco Fundo, em setembro de 2020.

De dentro das comunidades do RJ, ele coordenava um plano de expansão da organização com a compra de armas e munições, financiada por tráfico de drogas, roubo, extorsões, sequestros e cobrança de valores mensais dos integrantes da organização criminosa. Desde que assumiu o comando, Léo vivia uma vida luxuosa nos morros da cidade, patrocinado por suas ações criminosas e pela própria organização, que em sua gestão passou a arrecadar volumes altos de dinheiro com tráfico e extorsões de comerciantes, jogos de azar, provedores de internet. Ele já foi indicado por seis crimes, incluindo latrocínio, e é investigado em outros.

. Crédito: Léo ao lado da esposa, na Vila Cruzeiro (RJ). Foto: Reprodução

A quadrilha de Léo 41 também comanda a guerra que atinge comunidades na Zona Oeste do Rio e planejtou e o assalto ao shopping Village Mall, na Barra da Tijuca, quando um segurança foi morto.

Criminosos escondidos no Rio

De acordo com a Polícia Civil do Pará, a cúpula da facção no estado está escondida em favelas no Rio. Além de Léo, estão no Rio. Anderson Souza Santos, o Latrol, David Palheta Pinheiro, o Bolacha e Oriscarmo Rodrigues Rocha, o Ouri. Os quatro ocupam os cargos mais altos da organização criminosa. Os investigadores acreditam que todos estejam usando identidades falsas.

As investigações da Polícia Civil do Rio também apontaram, que Latrol e Bolacha eram os principais comparsas de Léo e o auxiliavam no comando do tráfico em Itaboraí. Todos tinham como base o Complexo da Penha, onde 23 pessoas foram mortas em operação da polícia em maio de 2022, entre eles três paraenses.

Léo e ataques no Pará

Fontes de inteligência do Pará, informaram que a maior facção criminosa do Rio se fortaleceu no Norte há cerca de 7 anos, sob o comando do traficante Alberto Bararuá de Alcântara, o Beto Bararuá, que ficou preso em unidade federal. No presídio, teve contato com criminosos de diferentes partes do Brasil. Ele conseguiu arregimentar vários comparsas e, atualmente, a quadrilha carioca é a mais forte no estado do Norte.

Na época, uma série de atentados contra policiais penais foram registrados no estado do Norte do país. Em quatro meses, foram sete ataques e cinco policiais penais assassinados. Nas investigações, Léo foi dado como um dos responsáveis por dar ordem a uma série de ataques que mataram, desde 2021, vários agentes de segurança pública no Pará.

Operação

A operação realizada na última quinta-feira, 23, deixou pelo menos 13 mortos, segundo a Polícia Militar. Há relatos de outros feridos e de intensos tiroteios. A região teve uma intensa troca de tiros que, segundo a Polícia Civil, começou após as equipes serem atacadas pelos criminosos. Outras pessoas também teriam ficado feridas, entre elas duas moradoras do local.

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