A lagartixa de parede chupa sangue?

A famigerada osga é alvo de contos e gera medo em algumas pessoas que desconhecem o serviço que elas prestam

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Giovanni Palheta

Publicado em 18 de julho de 2024 às 17:26

 - Atualizado há um mês

As lagartixas de parede, que costumar viver em nossas casas, são excelentes controladoras de pragas. Atualmente no norte do estado há duas espécies presentes nas residências, a Hemidactylus mabouia e a Lepidodactylus lugubris. As duas são exóticas, ou seja, não são espécies do Brasil, mas acontece que a primeira espécie está há tanto tempo no país, que já é considerada "de casa". A segunda foi descoberta somente em 2015 no Brasil, e as duas são relativamente parecidas. Explico a diferença entre elas aqui.

Existem muitos mitos em torno de animais como as lagartixas, e ao contrário do que pensam por aí, esse animal não chupa sangue, não tem veneno, nem nada do tipo. No norte do país é comum esses mitos circularem, e eles acabam passando entre gerações. Porém, apesar de inofensiva, há alguns riscos. Algumas lagartixas podem carregar patógenos, como a bactéria Salmonella, que serão um problema apenas se você tiver gatos que possam comê-las. Mas isso não é grande coisa, pois outros animais também podem carregar essas bactérias, e ela também pode estar presente em alimentos mal preparados.

É importante apenas ficar atento aos locais onde as lagartixas possam deixar as suas necessidades. Mais do que um réptil de estimação, você tem amigos que te protegem contra insetos realmente perigosos, como a aranha marrom e os mosquitos.

Lagartixa da espécie Hemidactylus mabouia
Lagartixa da espécie Hemidactylus mabouia Crédito: James São Jõao

Saiba mais sobre a espécie aqui.