Estudo de brasileiros sobre a degradação na Amazônia é capa na revista Science

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Sabemos que a Amazônia é uma região riquíssima em recursos naturais, no entanto precisamos sempre nos lembrar que esses recursos acabam. Temos um amplo conhecimento de que a diminuição dos recursos gera uma série de prejuízos. No Brasil, frequentemente explora-se o bioma amazônico de maneira predatória, minando os recursos naturais e impedindo o tempo de recuperação da floresta. Um artigo publicado por brasileiros na Science (uma das melhores revistas científicas do mundo), explora essa questão.

O estudo diz que a floresta amazônica está mudando por conta das atividades humanas, o que inclui o desmatamento e o uso de terra, como a agricultura e a plantação de soja. Tudo isso impacta negativamente em florestas remanescentes, onde há o aumento dos incêndios, de secas e outros efeitos da exploração de áreas vizinhas. Essas mudanças ameaçam a biodiversidade, as comunidades locais e alteram o clima. As florestas degradadas por incêndios e extração de madeira, por exemplo, podem ter uma redução de 2 a 34% na evapotranspiração da estação seca, ou seja, uma diminuição relevante da quantidade de água na atmosfera. Outros estudos dizem que algumas regiões impactadas já fizeram a transição, com a respiração e as queimadas superando a fotossíntese da floresta.

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Não estamos dando tempo para a recuperação da floresta. Os cientistas descobriram que os impactos ambientais que afetam os ecossistemas amazônicos são de centenas a milhares de vezes mais rápidos do que outros fenômenos climáticos e geológicos naturais. Isso é terrível, considerando o papel gigantesco que a Amazônia possui no equilíbrio climático e no fornecimento de serviços ecossistêmicos como água e alimentos. Esses impactos estão muito acelerados e isso coloca os nossos recursos em risco, dizem os autores.

Os autores discutem que o primeiro passo para mudar esse cenário é o combate ao desmatamento. É preciso que haja esforços a nível global para reduzir as emissões de gases estufa como o CO2. Para frear a degradação eles dizem que precisamos do envolvimento de um conjunto diversificado de agentes que promovam o monitoramento dos distúrbios, além de melhorar a estrutura das políticas voltadas à conservação.

Não há menor dúvida de que a conservação da Amazônia deve ser prioridade nas políticas públicas do nosso país. Ter um compromisso com nossos recursos naturais é importante para conservação da biodiversidade e para a proteção de recursos essenciais como a água. Isso é imprescindível para o fortalecimento da nossa autonomia enquanto nação, além de ser nosso dever com o futuro climático do planeta.

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