Belém registra queda na conta de energia e no preço dos alimentos

Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram divulgados nesta terça-feira, 10, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Publicado em 10 de setembro de 2024 às 17:08

Belém
Belém Crédito: Agência Pará

Belém registrou deflação no mês de agosto após redução na tarifa de energia elétrica e no preço dos alimentos. Dados desta terça-feira, 10, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que mede a inflação oficial do Brasil, teve queda de 0,02% no mês. Esse é o menor índice registrado desde junho de 2023, quando o IPCA havia caído 0,08%.

O índice geral registrado em Belém durante o mês de agosto foi de -0,40%, uma deflação ainda mais acentuada do que a média nacional. Os grupos de Alimentação e bebidas (-0,60) e Habitação (-2,22%) caíram na Região Metropolitana de Belém.Os principais grupos em queda em Belém também foram responsáveis por puxar a deflação em todo o país. Alimentação e bebidas (-0,44%) e Habitação (-0,51%), que juntos representam 36,53% do IPCA, foram os grupos que mais tiveram quedas no preço. A alimentação teve uma contribuição negativa de 0,09 ponto percentual (p.p.) no índice geral, enquanto a habitação colaborou com -0,08 p.p.

A queda de preço da energia elétrica pode ser explicada pelo retorno à bandeira tarifária verde em agosto e pela redução das tarifas em cidades como São Paulo (-2,43% a partir de 4 de julho, em uma das concessionárias), São Luís (-1,11%, a partir de 28 de agosto), Vitória (-1,96%, a partir de 7 de agosto) e Belém (-2,75%, a partir de 7 de agosto).

Alimentos em queda
Os alimentos em domicílio também ajudaram a diminuir o índice, com uma queda de 0,73%, sendo impulsionados pelas baixas nos preços da batata inglesa (-19,04%), tomate (-16,89%) e cebola (-16,85%). Segundo André Almeida, gerente da pesquisa de preços do IBGE, "o principal fator que contribuiu para a queda nos preços foi uma maior oferta desses produtos no mercado por conta de um clima mais ameno no meio do ano, que favorece a produção com maior ritmo de colheita e intensificação de safra."Apesar da queda nos alimentos em casa, a alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,33%, mas desacelerou em relação a julho (0,39%). Já a refeição fora de casa subiu 0,44%, uma alta maior que no mês anterior.

Energia e combustíveis em destaque

Para o grupo de Transportes, a estabilidade foi destaque, mesmo com o aumento dos combustíveis, como a gasolina (0,67%), que teve a maior influência positiva no IPCA de agosto, contribuindo com 0,04 p.p. Em contrapartida, a passagem aérea teve uma redução de 4,93%, ajudando a conter a alta do grupo.