Publicado em 11 de novembro de 2024 às 10:32
Nunca se vendeu e se comprou tantos imóveis residenciais novos como agora no Brasil. É o que aponta balanço da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). Segundo a entidade, o país bateu recorde de vendas de novas residências no segundo trimestre deste ano: essas vendas subiram 17,9% em relação ao mesmo período do ano passado e 8,5% ante o primeiro trimestre de 2024, totalizando 93,74 mil unidades. Já os lançamentos de novas residências subiram 7% no comparativo anual e 28% no trimestral, chegando a 83,93 mil empreendimentos.
Em coletiva de imprensa, o presidente da Cbic, Renato Correia, atribuiu os dados positivos à melhora dos indicadores econômicos do país, que vem sendo observada durante o governo federal, tais como a inflação controlada, aumento na geração de novos empregos e disponibilidade de recursos do FGTS para aplicação em moradia. Além disso, a Cbic destaca que a marca histórica na venda de novos imóveis residenciais é puxada, principalmente, pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV), importante programa de habitação do governo federal.
No programa Minha Casa, Minha Vida especificamente, houve um crescimento expressivo nas vendas durante o segundo trimestre de 2024, totalizando 39.332 unidades comercializadas, em comparação com 26.935 no mesmo período de 2023 – um aumento de 46%. A participação do MCMV no volume total de vendas também registrou crescimento, passando de 34% para 42%. Além disso, o MCMV apresentou um avanço de 86,7% no número de lançamentos no segundo trimestre de 2024, com 44.764 novos imóveis introduzidos no mercado, em comparação com 23.979 no segundo trimestre de 2023. A participação do programa no volume total de lançamentos também cresceu significativamente, passando de 31% para 53% no período analisado.
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), o mercado tem respondido positivamente às melhorias implementadas no programa MCMV desde o segundo semestre de 2023. “Quando o governo acerta os parâmetros do Minha Casa, Minha Vida nós vemos as vendas crescendo rapidamente. Leva um ano para mudar de patamar, o setor é de resultados de médio e longo prazo. Você toma uma decisão agora e o efeito acontece paulatinamente”, afirmou Renato Correia.
Celso Petrucci, conselheiro da Cbic e coordenador da pesquisa, também destacou o impacto positivo das medidas adotadas em 2023. “Os resultados mostram o acerto das medidas de 2023, que começam a surtir efeito”, pontuou.