Publicado em 3 de outubro de 2024 às 17:21
O petróleo fechou em forte alta nesta quinta-feira, 3, na medida em que investidores temem que o avanço do conflito no Oriente Médio possa ameaçar a oferta da commodity. Também nesta quinta, o mercado ponderava indicadores que sugerem uma atividade mais resiliente do que o previsto nos Estados Unidos.>
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em alta de 5,14% (US$ 3,61), a US$ 73,71 o barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 5,03% (US$ 3,72), a US$ 77,62 o barril. Ambos alcançaram seus maiores níveis desde agosto.>
O petróleo saltou mais de 5% na sessão, diante de notícias de novo ataque do Irã a Israel, após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dizer que a possibilidade de Israel bombardear instalações petrolíferas do Irã estava sendo discutida com representantes israelenses; e conforme Israel sinaliza nova incursão no Líbano.>
Ainda, um índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços acima do consenso nos EUA reforça a tese de resiliência da economia americana e a expectativa de demanda sustentada pela commodity à frente.>
Segundo Bruno Cordeiro, da StoneX, agentes também monitoram greves de funcionários de portos localizados na costa do Golfo e na costa leste norte-americana. "Há um receio grande por parte do mercado de que essa greve, caso se estenda, possa afetar de maneira mais significativa as exportações do óleo bruto para os Estados Unidos". diz.>
Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank, afirma que algumas vozes otimistas estão surgindo, colocando o patamar de US$ 100 por barril de volta na mesa.>
Ainda assim, de acordo com a analista, é improvável que o petróleo ultrapasse a faixa de US$ 88-90 por barril, dado que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados estão se preparando para aumentar a produção até o final do ano.>
Com informações de Estadão Conteúdo>