'Adolescência': a minissérie da Netflix que desvenda os labirintos da juventude moderna

Lançada recentemente na Netflix, “Adolescência” rapidamente se tornou um fenômeno global, liderando as paradas de visualização em 71 países e alcançando impressionantes 99% de aprovação no Rotten Tomatoes. A minissérie britânica, composta por quatro episódios, oferece um olhar profundo e perturbador sobre os desafios enfrentados pelos jovens na sociedade contemporânea.

A trama centraliza-se em Jamie Miller, um garoto de 13 anos acusado do assassinato de uma colega de escola. A narrativa acompanha a luta de sua família para compreender os eventos que levaram ao crime, enquanto profissionais tentam desvendar a mente do jovem.

Um dos aspectos mais notáveis da série é sua realização técnica. Dirigida por Philip Barantini, cada episódio é filmado em plano-sequência, proporcionando uma experiência imersiva que simula eventos em tempo real. Essa abordagem intensifica a tensão e a autenticidade da história, destacando-se como um feito técnico significativo.

Além da técnica, “Adolescência” aborda temas relevantes como masculinidade tóxica, influência das redes sociais e violência juvenil. A série retrata de forma crua as pressões enfrentadas pelos adolescentes, estimulando debates sobre o impacto dessas questões na formação dos jovens.

As atuações são outro ponto alto da produção. Owen Cooper entrega um desempenho intensa como Jamie, enquanto Stephen Graham, co-criador da série, interpreta Eddie Miller, o pai que busca respostas em meio ao caos familiar. Erin Doherty também se destaca no papel da psicóloga Briony Ariston, trazendo profundidade à trama.

A recepção positiva da crítica e do público reflete o impacto de “Adolescência”. A série não apenas entretém, mas também provoca reflexões sobre os desafios da juventude atual, consolidando-se como uma das produções mais marcantes do ano.