Bispo Edir Macedo perde batalha contra Netflix

Líderes da Igreja Universal queriam supressão de trechos do documentário “O Diabo no Tribunal”. Desembargadores negaram pedido.

Publicado em 22 de abril de 2025 às 10:32

Bispo Edir Macedo - Reprodução
Bispo Edir Macedo - Reprodução Crédito: Redes sociais

Os bispos Edir Macedo e Renato Cardoso, líderes da Igreja Universal, perderam a batalha contra a Netflix na justiça, para tentar suprimir trechos em que são exibidas imagens de cultos das reuniões em um de seus templos, em um documentário exibido na plataforma de streaming. A decisão foi proferida nesta terça-feira (22), pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). 

A disputa envolve a obra “O Diabo no Tribunal”, um documentário norte-americano que trata de um caso de assassinato em que a defesa usou o argumento de que o autor do crime estava sob possessão demoníaca quando matou a vítima.

Durante o documentário, são exibidas cenas de cultos da Igreja Universal a título de contexto. Os bispos queriam a Justiça censurasse esses trechos do filme.

A Netflix argumentou que não há crítica e sequer identificação clara dos bispos no documentário. Também disse que a imposição de excluir os trechos seria censura.

A Netflix argumentou que não há crítica e sequer identificação clara dos bispos no documentário. Também disse que a imposição de excluir os trechos seria censura.  “Tais gravações são utilizadas no documentário para contextualizar o exorcismo de uma pessoa possuída, estando relacionadas, portanto, ao tema central da obra. A obra em questão se apresenta como peça de natureza informativa (documentário), sendo desnecessária, portanto, a prévia autorização das pessoas nela relacionadas”, afirmou a magistrada.