Publicado em 16 de março de 2025 às 15:30
Antes de começar o show na Arena Fonte Nova, em Salvador, o clima do primeiro show da turnê Tempo Rei, de Gilberto Gil, era de despedida. Pairavam os questionamentos se aquela seria mesmo a última chance de ver o artista ao vivo em Salvador. Um cantado início do fim. Aquele sentimento rapidamente se dissipou no ar. A estreia da turnê no sábado (15), podia criar uma atmosfera de adeus, mas foi de festa e celebração.
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A ideia é diminuir a intensidade de sua agenda, respeitando o próprio tempo, algo tão eternizado em sua obra. "Uma despedida dos grandes espetáculos, que já venho fazendo há mais de 60 anos. Estarmos aqui juntos é o sentido profundo de ter me dedicado, nós termos nos dedicado, a essa longa carreira", disse Gil no palco, seguido por um canto emocionado, mas contido dos versos "o melhor lugar do mundo é aqui e agora".>
Acompanhado por uma mega banda formada por 16 músicos, todos vestidos de branco, Gil entrou no palco trajando uma camisa vermelha com figuras de coqueiros e sol. A banda reunia alguns de seus filhos, netos e parentes que já acompanhavam Gil em turnês anteriores, além de um naipe de sopros e um quarteto de cordas.>
A maior parte do repertório, apresentado em 2h30 de show, foi calcado na obra produzida nos anos 1970 e 1980, mas teve espaço para quase tudo. Quando não cantadas integralmente, preciosidades do artista de 82 anos apareciam como música incidental ou em introduções com execução instrumental.
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A proposta, no entanto, ia além da música. Ares de superprodução, com fogos de artifício, fogo no palco e um sofisticado tratamento audiovisual exibido em um mega telão de led de altíssima definição e uma estrutura em formato espiral anteposta. Algo poucas vezes visto em shows de artistas brasileiros.>
Com informações de UOL>