Exposições de pintura e fotografia abrem espaço, em Belém

COMPARTILHAR:
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no telegram

As cores do artista plástico venezuelano Carlos Cruz-Diez, com seus movimentos e evoluções, e o olhar refinado da fotógrafa Paula Sampaio para o tempo recortado estarão em exposição em Belém, a partir de 15 de maio, no Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA). Localizado no centro comercial, na rua Manoel Barata com a travessa Campos Sales, o CCBA abre as portas para a comunidade com mostras, oficinas, wokshops, palestras e imersões que expressem a diversidade e o simbolismo da Pan-Amazônia e da Amazônia Legal.

Com oito mil metros quadrados, o CCBA terá um café, uma loja e uma biblioteca para consulta pública. O prédio foi todo adaptado para garantir a acessibilidade, com elevadores, rampas, escadas rolantes, sinalizações, banheiros adaptados e um sistema de sonorização de emergência. “Aqui nesse prédio nós realizamos a primeira edição da Bienal das Amazônias, com trabalhos de 123 artistas de todos os Estados amazônicos, com o intuito de fortalecer o território a partir das artes”, diz a presidente da Bienal das Amazônias e do CCBA, Livia Conduru. A Bienal das Amazônias teve sua primeira edição em Belém entre agosto e novembro de 2023, com o tema “Bubuia: águas como fonte de imaginações e desejos”, e reuniu artistas e coletivos de oito países da Pan-Amazônia, além da Guiana Francesa.

CONTINUE LENDO...

Centenário

A exposição “RGB: As Cores do Século” celebra o centenário do renomado artista venezuelano Carlos Cruz-Diez, o grande mestre da cor do século. É a primeira exposição individual de Cruz-Diez no Norte do Brasil. A última no Brasil, “Cruz-Diez, a liberdade da cor”, foi em 2019, no Centro Cultural Porto Seguro, em São Paulo.

Conhecido por suas obras inovadoras no campo da arte cinética e óptica, Cruz-Diez oferece aos espectadores, em “RGB”, uma experiência cromática única. Concebida pelo Atelier Cruz-Diez, a mostra busca observar a importância das raízes venezuelanas na produção do artista. A curadoria é de Michel Gauthier, do Centre Pompidou, museu de arte moderna da França.

Pintor e escultor, Carlos Cruz-Diez nasceu em 1923. Estudou na Escola de Belas-Artes de Caracas, formando-se também professor. Em 1962, expôs na XXXI Bienal de Veneza, retornando em 1970 e em 1986, quando foi convidado especial.

Em 1966, recebeu o Grande Prêmio da III Bienal Americana de Arte de Córdoba, Argentina. Em Paris, em 1967, participou da exposição Lumière et Mouvement. Em 1969, ganhou o segundo Prêmio do Festival Internacional de Pintura em Cagnes-sur-Mer, França, e em 1971, o Prêmio Nacional de Artes Plásticas, na Venezuela. Cruz-Diez viveu a maior parte da sua vida em Paris. Morreu na capital francesa, em 27 de julho de 2019, aos 96 anos.

Memórias

A instalação fotográfica “Para que não se acabe: catar memórias”, da fotógrafa Paula Sampaio, percorre os principais sítios históricos de Belém localizados no bairro da Cidade Velha, atravessando o Complexo do Ver-o-Peso e os bairros da Campina/Comércio. Vania Leal, curadora da instalação, diz que a mostra provoca uma imersão no universo cotidiano desses bairros, para criar sentidos por meio dos registros da câmera. No espaço haverá fotografias de família, objetos pessoais da fotógrafa e ambientes interativos.

Paula Sampaio também promoverá ações educativas – vivências, conversas, oficinas – e apresentará o site com todos os trabalhos que realiza. “Vidas, lacunas, histórias, memórias, e aquilo que parece invisível aos olhos, que transforma os fragmentos em outros conceitos mediante estratégias. Relatos que que lhes permitem reinventar e transformar dualidades entre aparência e realidade. Sem dúvida, será uma exposição que ativará histórias e memórias dos que se foram e dos que ainda estão por vir”, destaca Vania Leal.

Mineira, Paula Sampaio se mudou ainda menina para a Amazônia. Em 1982 escolheu Belém para viver e trabalhar. Começou a fotografar profissionalmente em 1987 e optou pelo fotojornalismo. É graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Pará (UFPA), especialista em Comunicação e Semiótica pela PUC de Minas Gerais e em Ciências Humanas pela PUC Rio Grande do Sul.

Desde 1990 realiza projetos e ensaios de fotografia sobre os processos de migração e colonização na Amazônia. Em seu percurso também recolhe sonhos e histórias de vida das pessoas com as quais se encontra nesses caminhos.

Programação do CCBA  

Dia 9 de maio: abertura com autoridades.

Dia 10 de maio: coletiva de imprensa (15h30), com divulgação de todos os projetos da Bienal: sul global, residência artística, o corpo curatorial, barco itinerante, catálogo. Na ocasião será apresentado(a) o(a) novo(a) curador(a) da Bienal.

Dia 10 de maio, à noite: festa para convidados no andar de cima (fortalecimento dos produtores culturais, unindo Se Rasgum, e Lambateria na curadoria musical).

Dia 11 de maio: almoço na ilha do Combu para convidados.

Dia 15 de maio: abertura para o público.

VER MAIS

VER MAIS