Festival nacional de teatro autoral chega a Belém com quatro espetáculos gratuitos; confira

A programação é criação de um ator paraense super premiado que reside em São Paulo há 15 anos, e montou esse festival para interligar a região norte e centro oeste ao circuito.

Publicado em 4 de março de 2025 às 10:14

A partir de 8 de março, Belém recebe a programação do "Escambo: Rede Parente".
A partir de 8 de março, Belém recebe a programação do "Escambo: Rede Parente". Crédito: Divulgação

Belém será palco de estreia de um grande encontro de companhias de teatro autoral do Brasil. A partir de 8 de março, a cidade recebe a programação do "Escambo: Rede Parente", um intercâmbio que propõe conectar a produção cênica de três regiões do país. A programação ocorre de forma gratuita, no Teatro Margarida Schivasappa, no Casarão do Boneco e no SESC Casa de Artes Cênicas.

A programação é criação de um ator paraense super premiado que reside em São Paulo há 15 anos, e montou esse festival para interligar a região norte e centro oeste ao circuito. Serão 4 espetáculos gratuitos, além de oficinas e mesas de debate.

Ao longo dos próximos quatro finais de semana, o público poderá assistir a espetáculos de grupos do Pará, Manaus, Mato Grosso e São Paulo, além de participar de mesas públicas e oficinas. Contemplado pelo Bolsa Funarte de Teatro Myriam Muniz, o projeto é uma ideia da Cia.Cisco, de São Paulo, composta por Donizeti Mazonas e Edgar Castro, artistas com longa e reconhecida trajetória no teatro e na dança.

A proposta é percorrer o território e conectar as potências dos criadores cênicos contemporâneos, em especial em regiões que historicamente são lidas como “fora do eixo”, dinamizando o cenário artístico.

“Muitas vezes, essas relações de troca ficam circunscritas a determinado território, sul e sudeste, então a gente percebeu que esse desenho é bastante desigual. Nessa itinerância, contamos com o norte e centro-oeste. O Escambo quer contribuir para que visões exóticas e estereotipadas a respeito desses territórios sejam dissipadas”, diz Edgar Castro, dramaturgo paraense.