Após absolvição, Daniel Alves abre três processos contra ex-clube

Os advogados do atleta argumentam que a rescisão contratual foi unilateral, sem que houvesse o devido cumprimento das obrigações trabalhistas

Publicado em 31 de março de 2025 às 12:09

Daniel Alves e seus representantes entraram com vários processos contra o Pumas, do México
Daniel Alves e seus representantes entraram com vários processos contra o Pumas, do México Crédito: Reprodução / X @LIGABBVAMX

Após ser absolvido da acusação de agressão sexual, o jogador Daniel Alves decidiu processar o Pumas, seu ex-clube, por danos morais, difamação e rescisão unilateral de contrato. A defesa do atleta prepara pelo menos três ações judiciais contra a equipe mexicana, que já havia movido um processo anterior por questões contratuais. A absolvição foi decretada na última sexta-feira (28) pelo Tribunal de Justiça da Catalunha, que considerou insuficientes as provas apresentadas.

Segundo informações do jornalista mexicano Ignacio Suárez, do podcast La Fantasmagórica, e do veículo espanhol Marca, Daniel Alves pretende cobrar uma indenização de 2 milhões de dólares (cerca de R$ 11,5 milhões) pela demissão considerada injusta e pelo cancelamento de salários. A ação cível por danos morais e a ação criminal por difamação também fazem parte do pacote de medidas legais que o jogador está preparando contra o Pumas.

Os advogados do atleta argumentam que a rescisão contratual foi unilateral e ocorreu em meio ao processo judicial, sem que houvesse o devido cumprimento das obrigações trabalhistas. Em março, o próprio Pumas já havia acionado a Corte Arbitral do Esporte (CAS) para exigir uma multa de 5 milhões de dólares (R$ 28,8 milhões) e o reembolso de 1,125 milhão de dólares (R$ 6,48 milhões) referentes a direitos de imagem. No entanto, a Corte decidiu que a rescisão promovida pelo clube não tinha embasamento jurídico, favorecendo o jogador.

O caso

A absolvição de Daniel Alves encerra um longo período de incertezas para o jogador, que chegou a ser preso preventivamente em janeiro de 2023 e foi libertado após pagar uma multa de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões à época). A decisão do tribunal catalão, unânime no júri, determinou que não havia provas suficientes para sustentar a condenação, restabelecendo a liberdade definitiva do atleta.