Publicado em 25 de fevereiro de 2024 às 20:05
Antes de entrar no ringue do Fight Music Show 4, Kleber Bambam anunciou que receberia uma quantia superior ao prêmio que conquistou como campeão na primeira edição do Big Brother Brasil (BBB), ao enfrentar Acelino Popó Freitas. A estratégia para isso estava diretamente vinculada aos seus patrocinadores.>
A promessa de um cachê elevado já era notória. A edição mais bem-sucedida do FMS, que incluiu a luta entre Popó e o influenciador Whindersson Nunes, movimentou aproximadamente R$ 25 milhões. A expectativa dos organizadores era superar esse montante com o combate de Bambam.>
Os valores das bolsas ainda não foram revelados, mas uma breve análise das redes sociais de Bambam no sábado, 24, dia do confronto, ilustra a importância dos patrocinadores para o ex-BBB. Desde a Nike até o site Onlyfans, sete marcas estavam associadas a Bambam.>
Em seu Instagram, com 4,2 milhões de seguidores, Bambam fez postagens dedicadas a cada parceiro antes de subir ao ringue, mesmo que a luta tenha durado menos de um minuto, com Popó nocauteando-o em apenas 36 segundos na luta principal do FMS.>
Além da marca esportiva e da plataforma de entretenimento adulto, Bambam gravou vídeos específicos para expressar gratidão ao apoio de uma clínica médica, uma ótica, um site de apostas, um centro de eventos e um restaurante. Alguns desses parceiros eram internacionais.>
'Essa luta já ultrapassou o prêmio do Big Brother para mim. Só com os patrocinadores, ela já superou dois ou três prêmios do BBB. Tenho patrocínios internacionais, como o OnlyFans, onde sou garoto propaganda, e a Nike será minha patrocinadora. Agora é mundial, a dinâmica mudou', revelou Bambam, que ganhou cerca de R$ 500 mil no BBB em 2002.>
Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo, analisou os ganhos dos lutadores por meio de parcerias. 'São duas celebridades, cada uma com sua audiência, proporcionando entretenimento puro. As marcas buscam projetos diferentes, temas que fogem do convencional', destacou.>
'O verdadeiro desafio ao patrocinar eventos desse tipo é extrair o máximo de conexão com todos que assistem ou estão presentes. Vejo isso como uma ativação totalmente descontraída e leve. A cereja do bolo em um evento como esse é transmitir uma mensagem positiva, com um propósito maior do que a própria luta, algo que qualquer marca apoia e busca', acrescentou.>
Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, ressaltou que esse modelo também tem obtido sucesso nos EUA, especialmente com a ascensão dos irmãos Jake e Logan Paul nesse universo, migrando do Youtube para os ringues em confrontos contra profissionais.>
'A luta entre Popó e Bambam é um evento de entretenimento, com uma luta de boxe como parte disso. Trata-se do mesmo modelo que tem sido aplicado nos EUA, com grande ênfase na promoção do evento, os organizadores menos preocupados com o conteúdo esportivo e mais focados na repercussão nas redes sociais, mídia e na oferta de uma experiência diferenciada ao público presente', avaliou.>
Contando com o suporte de parceiros internacionais, Bambam já expressou seu próximo objetivo: realizar uma luta contra lutadores estrangeiros. Ele almeja um combate em duplas, formando uma equipe com outro brasileiro para enfrentar dois adversários estrangeiros. Apesar de ainda não haver planos concretos para essa luta, a intenção já foi manifestada.>
Com informações da ESPN>