Publicado em 10 de setembro de 2024 às 10:02
Os deputados exploraram em seus pronunciamentos as ações relacionadas à campanha “Setembro Amarelo”, dedicada à prevenção do suicídio. A iniciativa surgiu no Brasil em 2015, com o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento e discutir maneiras de prevenção. Além disso, a campanha visa a discussão em torno de políticas públicas que deem conta desses casos.
Para os parlamentares da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), o suicídio é um problema de saúde pública que não pode ser visto como tabu. “Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos mais pessoas morrem como resultado de suicídio, mais do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios”, situou a gravidade da questão, o deputado Carlos Bordalo (PT).
“O Setembro Amarelo nos convida a refletir sobre como podemos contribuir para uma sociedade mais solidária, onde o cuidado com a saúde mental seja uma prioridade”, disse a deputada Maria do Carmo, vice-líder do governo na Casa. “Piadas ou comentários desdenhosos sobre a saúde mental de alguém podem agravar ainda mais o quadro de uma pessoa vulnerável”, considerou.
O deputado Fábio Freitas (PRTB) avalia que o suicídio é um mal que assola o Pará, o Brasil e o mundo. “Temos que considerar que o assunto é de extrema importância, seriedade e de muita sensibilidade. Para ele, temos que estabelecer programas para acolher essas pessoas que se encontram desamparadas e que por falta de apoio vão ao extremo atentando contra a própria vida”.
Suicídios preocupam a OMS - Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, e a cada 40 segundos uma pessoa tira a própria vida.
A taxa de suicídios entre jovens cresceu 6% por ano no Brasil entre 2011 e 2022, enquanto as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 anos de idade evoluíram 29% ao ano no mesmo período. Os números apurados superam os registrados na população em geral, cuja taxa de suicídio apresentou crescimento médio de 3,7% ao ano e de autolesão de 21% ao ano, no período analisado.
Texto: Carlos Boução