Deputados reconhecem obra de José Wilson Malheiros da Fonseca como Patrimônio Cultural do Estado

Linha Fina

Publicado em 10 de setembro de 2024 às 10:06

 - Atualizado há 2 meses

Deputada Maria do Carmo, que propôs o projeto de lei.
Deputada Maria do Carmo, que propôs o projeto de lei. Crédito: Foto: Celso Lobo/Alepa

A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) aprovou por unanimidade o Projeto de Lei nº 7/2024, de autoria da deputada Maria do Carmo (PT), vice-líder do Governo. A proposição declara a obra de José Wilson Malheiros da Fonseca como Patrimônio Cultural de Natureza Material e Imaterial do Pará.

José Wilson faleceu há dois meses, aos 79 anos de idade. Era compositor e tocava piano, trompete e saxofone; era também poeta, cronista, contista, romancista, professor, magistrado aposentado, jurista, advogado, jornalista e diácono. Membro da Academia Paraense de Letras (APL), da Academia Paraense de Música (APM), da Academia Paraense de Jornalismo (APJ), da Academia Maçônica de Letras (Amalep), da Academia de Letras e Artes de Santarém e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós (IHGTap), além de outras entidades artísticas e culturais, deixou um grande e importante legado à cultura do Pará.

Para a autora da proposição, deputada Maria do Carmo, “é necessário ressaltar que José Wilson Malheiros da Fonseca compôs óperas. Além de grande e proveitosa carreira jurídica, José Wilson trouxe para a cultura paraense diversas contribuições literárias. Suas crônicas são eternas aos apreciadores da diversidade amazônica”.

Emocionada, Eula Gorayeb Fonseca, filha de José Wilson Malheiros da Fonseca, disse que o pai se foi há dois meses, e sua grande vontade era de ter recebido essa homenagem em vida. "Ele não conseguiu, mas os filhos e esposa estão aqui hoje vendo essa homenagem justa e merecida por toda obra literária e musical. Meu pai tinha a música e a poesia no sangue. É autor da única ópera amazônica chamada ‘Vitória-Régia, O Amor Cabano'. É uma emoção muito grande ver a aprovação desse projeto de lei, hoje, na Assembleia Legislativa”.

Texto: Andrea Santos