Aos 88 anos, morre doador do sangue mais raro do mundo que salvou milhões de bebês

Australiano doou plasma com anticorpo raro por mais de seis décadas, ajudando a prevenir doença fatal em recém-nascidos

Publicado em 4 de março de 2025 às 07:47

Australiano doou plasma com anticorpo raro por mais de seis décadas, ajudando a prevenir doença fatal em recém-nascidos
Australiano doou plasma com anticorpo raro por mais de seis décadas, ajudando a prevenir doença fatal em recém-nascidos Crédito: Divulgação/Cruz Vermelha Australian

James Harrison, conhecido na Austrália como o “homem do braço de ouro”, morreu aos 88 anos, disse a família na segunda-feira (3). Ele foi um dos doadores de sangue mais prolíficos do mundo, responsável por salvar a vida de mais de 2,4 milhões de bebês com suas mais de 1.100 doações ao longo de seis décadas.

Harrison morreu em 17 de fevereiro, em uma casa de repouso na Costa Central de New South Wales. O segredo do australiano estava no plasma sanguíneo dele, que continha um anticorpo raro, chamado Anti-D, essencial para a produção de um medicamento administrado em mulheres grávidas.

Esse tratamento previne a doença hemolítica do feto e do recém-nascido (DHRN), uma condição grave que ocorre quando o sistema imunológico da mãe ataca os glóbulos vermelhos do bebê devido a uma incompatibilidade de tipo sanguíneo, podendo levar a anemia, insuficiência cardíaca e até a morte do feto.

Antes do desenvolvimento do Anti-D, na década de 1960, metade dos bebês diagnosticados com essa condição não sobrevivia.

Com informações do R7