Centros de dados são adaptados para economizar água na América do Sul

Com a prolongada seca em grande parte da América do Sul, gigantes como Google e Amazon adaptam seus centros de armazenamento de dados na região para consumirem menos água.

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 16:16

Os equipamentos de refrigeração representam cerca de 40% da estrutura dos centros de dados. 
Os equipamentos de refrigeração representam cerca de 40% da estrutura dos centros de dados.  Crédito: Reprodução

As instalações onde os gigantes tecnológicos armazenam grandes volumes de informações, necessitam de sistemas de refrigeração que utilizam grande quantidade de água.

O Google planeja construir nos próximos anos seu maior centro de dados da América Latina em Cerrillos, no sudeste de Santiago, com orçamento inicial de 200 milhões de dólares (mais de 1,13 bilhão de reais).

Inicialmente, o projeto previa um sistema de refrigeração que consumiria 7 bilhões de litros de água por ano, mesma quantidade consumida no mesmo período pelos 80 mil habitantes do município onde as instalações serão construídas, na região metropolitana da capital. 

Os equipamentos de refrigeração representam cerca de 40% da estrutura dos centros de dados. 

Devido à seca histórica em Santiago, o Google precisou alterar seu projeto após a decisão de um tribunal que o interrompeu janeiro. Em setembro, a gigante anunciou a "utilização de tecnologia de refrigeração a ar", que é mais cara, mas reduz o uso de água. 

Os ambientalistas, que desde o início se opunham ao projeto, interpretaram o anúncio como uma vitória. 

Desde 2015, o Google opera um centro de dados nos arredores de Santiago que consome 50 litros de água por segundo, cerca de 1 bilhão de litros por ano, o equivalente a 285 piscinas olímpicas.

Com informações do UOL