Ciberataque não é confirmado, mas plano de contingência é iniciado em Portugal

O apagão geral que atinge Portugal e outros países na Europa desde às 11h30 - 8h30 de Brasília - desta segunda-feira (28) continua a provocar danos no país. Apesar do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) indicar que não há, até o momento, confirmação de um ciberataque, o governo montou um comitê de crise para definir ações emergenciais para lidar com a falha elétrica.

As atividades cirúrgicas e exames de diagnóstico programados foram canceladas em quase todo o país e de acordo com o Sistema Nacional de Saúde, antes de procurar uma emergência é necessário entrar em contacto com o SNS.

Autoridades pedem calma aos portugueses e garantem que o apagão não teve origem em Portugal. “O problema está na conexão com a Espanha. Temos a nossa interconexão [com a Espanha] e tudo aponta que foi daí que se originou toda essa situação. Creio que é importante dizer que nada está afastado”, disse o primeiro ministro português, Luís Montenegro.

O Conselho de Ministros está reunido há quase quatro horas e garante que os serviços essenciais são prioridade.

No Porto, segunda principal cidade do país, os postos de combustível fecharam, os semáforos pararam de funcionar e a orientação é para que as pessoas evitem sair de casa, pois não há previsão de reestabelecimento da energia elétrica.

Supermercados, restaurantes e cafés também encerraram as atividades, pois o sistema de pagamentos com cartões de crédito e débito não funcionam. E como os caixas eletrônicos, assim como bancos, não têm como receber reposição de dinheiro, a circulação de euros foi comprometida.

Yáskara Cavalcante

Correspondente