Publicado em 25 de março de 2025 às 15:55
Um tratamento revolucionário pode mudar completamente para melhor a vida de pacientes e familiares de pessoas diagnosticadas com Alzheimer. Nesta terça-feira (25), pesquisadores do Instituto do Cérebro de Queensland divulgaram que desenvolveram uma tecnologia de ultrassom focalizado que limpa placas amilóides tóxicas do cérebro, que são uma das principais causas de perda de memória e declínio cognitivo causados pelo Alzheimer.>
Segundo a pesquisa, os testes feitos em animais foram satisfatórios. Em 75% dos casos, o tratamento restaurou a função da memória. O novo experimento tem como principal objetivo romper o escudo protetor do cérebro através da Ultrassom. O resultado oferece uma nova esperança para milhões de pessoas afetadas pela doença.>
Atualmente, sete milhões de americanos vivem com Alzheimer, e esse número pode subir para 40 milhões de pessoas nos próximos anos. Essa doença neurodegenerativa é a 7ª causa de morte entre adultos dos EUA e 6ª entre pessoas com 65 anos ou mais.>
Embora, atualmente, não haja cura para o Alzheimer, alguns tratamentos podem prevenir a progressão da doença e ajudar a tratar os sintomas. Os pesquisadores descobriram que com esse método de ultrassom de baixa intensidade efetiva os resultados podem abrir caminho para descobertas maiores. >
Para isso, eles usaram uma tecnologia chamada ultrassom focado e abriram aberturas temporárias na barreira hematoencefálica. Isso foi possível ao injetar bolhas microscópicas na corrente sanguínea e transmitir ondas sonoras direcionadas ao cérebro através de um dispositivo semelhante a um capacete. Os pulsos de energia vibram as bolhas e afrouxam as lacunas da barreira o suficiente para que os medicamentos ultrapassem.>
Eles ainda foram além: aproveitando as aberturas, que voltam a fechar em cerca de 48 horas, os pesquisadores administraram um medicamento para o Alzheimer durante seis meses.>
Depois de cada injeção intravenosa, eles direcionaram o ultrassom focado para cada área do cérebro obstruída pelo beta-amiloide e abriram espaço para que o tratamento medicamentoso pudesse agir com mais agilidade e eficiência.>
"Historicamente, temos usado ultrassom junto com pequenas bolhas cheias de gás para abrir a barreira hematoencefálica quase impenetrável e obter terapêutica da corrente sanguínea para o cérebro", diz o professor. >
A pesquisa recebeu um grupo de voluntários que recebeu ultrassom sem microbolhas e toda equipe de médicos ficou surpresa com a restauração das áreas tratadas. "Concluímos que a Ultrassom Terapêutica é uma forma não invasiva de melhorar a cognição em idosos", destacou Goz.
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