Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 11:56
Um decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que suspendeu toda a ajuda externa americana congelou uma parceria que treinava brigadistas brasileiros para combater incêndios florestais. No dia 20 de janeiro, Trump determinou que fossem suspensos, por 90 dias, todos os projetos que destinavam recursos para países estrangeiros.>
A justificativa foi a de que a ajuda externa dos EUA servia para "desestabilizar a paz mundial ao promover ideias contrárias a relações estáveis e harmoniosas" internas e entre as nações.>
Entre os projetos afetados pelo decreto está o Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios no Brasil, que é executado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS, na sigla em inglês) desde 2021, em parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e outros órgãos do país.>
O programa forma brigadistas e oferece capacitação técnica para profissionais que já atuam na linha de frente do combate aos incêndios florestais.>
Foram realizados ao menos 51 cursos e treinamentos em parceria com órgãos como o Ibama, a Funai e o ICMBio entre 2021 e 2023. Mais de 3 mil pessoas foram treinadas, principalmente mulheres indígenas, que passaram a atuar como brigadistas em seus territórios.>
O Ibama confirmou que recebeu um e-mail informando a suspensão das atividades de assistência internacional em razão do decreto de Trump.>
O Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios no Brasil, executado pela USFS, era financiado pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID). O órgão, que virou alvo de ataques de Donald Trump, presta ajuda humanitária em mais de 100 países.>
Entre as atividades afetadas pelo mundo estão doações para o programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para combate à fome, posteriormente retomadas, e um projeto de combate à Aids em países da África>
No Brasil, a USAID prioriza iniciativas de conservação da biodiversidade, redução do desmatamento e o combate aos crimes ambientais nas áreas protegidas da Amazônia, incluindo as terras indígenas, segundo registros oficiais.
Com informações do G1>