Dois cardeais africanos podem entrar na disputa pelo papado; saiba mais

Igreja se prepara para o conclave que vai eleger o novo Papa.

Publicado em 21 de abril de 2025 às 12:42

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Pela primeira vez em séculos, dois cardeais africanos, Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo) e Robert Sarah (da Nova Guiné), podem estar entre os nomes mais cotados para suceder o Papa Francisco, que morreu na manhã desta segunda-feira (21). 

A partir de agora, a Igreja Católica se prepara para um novo conclave, que é o processo fechado que elege o novo pontífice. 

Ambos fazem parte do grupo de cerca de 120 cardeais com menos de 80 anos, idade máxima permitida para participar da votação. O conclave acontecerá na Capela Sistina, no Vaticano, em cerimônia fechada que pode durar dias, até que um dos cardeais alcance dois terços dos votos. Antes disso, o corpo do Papa será velado em cerimônia solene na Basílica de São Pedro, com presença de chefes de Estado e fiéis de todo o mundo. A expectativa é que o Colégio Cardinalício se reúna oficialmente entre 15 e 20 dias após o falecimento do pontífice.

Cardeais negros: 

Arcebispo de Kinshasa, Fridolin Besungu foi nomeado cardeal por Francisco em 2019 e é uma das principais vozes progressistas do continente africano no Vaticano. Conhecido por sua atuação em defesa da justiça social e dos direitos humanos, ele tem ganhado espaço entre os cardeais eleitores, especialmente por representar o crescimento da Igreja na África.

Já Robert Sarah representa uma ala mais conservadora da Igreja. Nomeado cardeal por Bento XVI, ele comandou por anos a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. É reconhecido por sua firme defesa da liturgia tradicional e por ser uma referência para setores mais tradicionais do catolicismo.