Publicado em 6 de abril de 2025 às 17:25
O bilionário Elon Musk afirmou neste sábado (5) que deseja ver, no futuro, uma zona de livre comércio entre Estados Unidos e Europa, com tarifas zero e maior liberdade de circulação de pessoas. A declaração foi feita durante uma participação por vídeo em um congresso do Partido da Liga, de direita e co-governante da Itália, realizado em Florença.>
A fala de Musk acontece poucos dias após o ex-presidente Donald Trump, que tenta voltar à Casa Branca nas eleições de 2024, anunciar tarifas de até 20% sobre parceiros comerciais dos EUA, incluindo países da União Europeia — entre eles a Itália, que mantém superávit comercial com os americanos.>
“No final do dia, espero que se concorde que tanto a Europa quanto os EUA devem se mover, idealmente, para uma situação de tarifa zero, criando efetivamente uma zona de livre comércio entre a Europa e a América do Norte”, afirmou Musk.>
Além do livre comércio, o dono da Tesla e da SpaceX também se posicionou favorável à liberdade de trabalho e migração legal entre Europa e América do Norte.>
“Se as pessoas quiserem trabalhar na Europa ou na América do Norte, elas devem ter permissão para fazê-lo, na minha opinião”, declarou Musk, acrescentando que este foi seu conselho pessoal ao presidente Trump.>
Musk expressou apoio ao líder da Liga, Matteo Salvini, que o entrevistou durante o evento. O empresário já demonstrou proximidade com políticos da direita europeia, como a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, do partido Irmãos da Itália, e recentemente agradeceu a Salvini por apoiar o uso da tecnologia Starlink na Itália.>
O Ministro da Economia da Itália, Giancarlo Giorgetti, também membro da Liga, afirmou durante o congresso que o governo italiano quer “diminuir a escalada” com os EUA após o anúncio de Trump, e alertou sobre os riscos de retaliação tarifária.>
As falas de Elon Musk reforçam sua atuação crescente como influenciador político internacional, com envolvimento em pautas comerciais, tecnológicas e de imigração — além de manter relações próximas com lideranças conservadoras ao redor do mundo.>